Bope diz que identificou assassinos de soldado de UPP e promete "dura resposta"
A polícia já sabe quem são os criminosos que atacaram a UPP Nova Brasília, no Complexo do Alemão, e mataram a soldado Fabiana Aparecida de Souza, 30. A informação foi divulgada na manhã desta quarta-feira (25) pelo major do Bope Ivan Blaz. "Nós já sabemos quem são esses marginais, vamos em busca deles e eles serão vítimas de suas próprias ações", afirmou. "Eles terão a dura resposta da Polícia Militar."
Desde a madrugada desta quarta-feira (25), a Polícia Militar faz operações nos morros do Juramento e Chapadão, na zona norte do Rio. Dez pessoas foram presas - nove no Chapadão, um no Juramento) e dois menores foram apreendidos no Chapadão, além de uma grande quantidade de droga encontrada.
O Bope informou ainda que a tropa de elite da PM mudou a tática para a captura dos criminosos. Após o ataque à sede da UPP, o comando da Secretaria de Segurança havia anunciado que o Bope permaneceria por tempo indeterminado. O major Blaz informou que, após informações da Coordenadoria de Inteligência da Polícia, de que os bandidos não estariam mais no Alemão, os policiais passarão a atuar em diversas comunidades.
"Nós vamos conseguir provocar a movimentação destes marginais, e, com o apoio da população, conseguir em breve a prisão deles", disse o major. "Estamos dando início a uma série de operações, quer seja no Complexo do Alemão, quer seja em qualquer comunidade do Rio de Janeiro. Não descansaremos até que estes marginais sejam presos."
Na madrugada desta quarta-feira (25), o Bope, o Batlhão de Choque e o Batalhão de Ação com Cães (BAC) ocuparam o morro do Chapadão, em Costa Barros, e o 41º Batalhão ocupou o morro do Juramento, em Vicente de Carvalho.
Mais de 200 policiais participaram da operação nas duas comunidades. No Chapadão, a polícia apreendeu cocaína em grande quantidade, maconha, crack, cheirinho da loló e ecstasy. No Juramento, também maconha, cocaína e crack, além uma carabina .30 e uma granada de bocal.
Enterro
Na manhã desta quarta-feira (25), o corpo de Fabiana foi enterrado no cemitério Riachuelo, em Valença, na região sul do Rio de Janeiro, cidade onde nasceu a vítima.
O sepultamento contou com honras militares, foi acompanhado por autoridades do alto escalão da Polícia Militar, tais como o comandante-geral da corporação, coronel Erir Costa Filho. A chefe de Polícia Civil do Rio, delegada Martha Rocha, também compareceu à cerimônia.
Abalada, a irmã da vítima, Luciana Souza --que também é soldado da PM--, preferiu não falar com a imprensa.
A banda marcial da PM e uma salva de três tiros fizeram as honras militares ao cortejo. Pétalas de rosa foram jogadas de helicóptero ao fim da cerimônia, sob aplausos de familiares. "Ela morreu lutando pela nossa sociedade", afirmou a prima Laís da Rocha Alves, de 38 anos.
"Ela era muito alegre e sempre prestativa. Fiquei em choque com a notícia", completou.
O coronel Erir Costa Filho lamentou a morte da PM, mas não quis comentar as investigações e a prisão de suspeitos. "Foi uma perda irreparável para a PM e para o Estado. Toda perda é difícil, mas perder uma policial feminina é ainda mais emblemático e mais triste", disse Costa Filho. (Com Agência Estado)
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