Sumiço de jovem que já dura uma semana intriga moradores de pequena cidade gaúcha
Nesta segunda-feira (6) se completa uma semana de investigações sobre o paradeiro de uma jovem de 19 anos, desaparecida na madrugada do último dia 29, na cidade gaúcha de Agudo (242 km de Porto Alegre), de 16,7 mil habitantes.
Desaparecida
Buscas continuam em Agudo
Daniela Ferreira foi vista pela última vez por volta das 6h do domingo (29) ao deixar um baile no centro da cidade, sozinha, vestindo casaco vermelho, calça jeans clara e botas marrom. A jovem, que estudava e trabalhava como babá, levava consigo uma sacola e ia, a pé, em direção da casa da mãe, a cerca de 2,5 quilômetros da festa.
O caso está assustando os moradores de Agudo, não acostumados com esse tipo de ocorrência. A maioria das pessoas vive na zona rural, restando à região urbana apenas cerca de 5.000 moradores, o que faz com que todas repercutam o caso Daniela.
Até o momento, as únicas pistas da polícia são imagens de câmeras de vigilância do comércio local que flagram a estudante andando pelas ruas da cidade. O que chama a atenção das autoridades é um homem que aparece nas imagens.
Trata-se de um apenado de 42 anos, que cumpria pena no regime semiaberto no Presídio Regional de Agudo. Nas cenas, ele aparece cruzando por Daniela e, alguns minutos depois, regressa pelo mesmo caminho.
Conforme o delegado da Polícia Civil de Agudo, Eduardo Machado, o homem, que não teve a identidade revelada, será ouvido esta semana.
“Não temos nenhuma posição oficial sobre o envolvimento dele no desaparecimento da Daniela. Até a próxima sexta-feira teremos algo para apontar se há a sua participação ou não”, afirmou o chefe das buscas, que não quis revelar nem os antecedentes do homem.
Ficha criminal
Com o compromisso de que não teriam seus nomes revelados, duas fontes revelaram que o apenado teria uma vasta ficha corrida. Preso desde a década de 1990, ele ganhou a progressão de regime e foi transferido para o albergue da cidade.
Em seu histórico há crimes como homicídio, latrocínio e estupro. No final de semana do crime, ele havia ganhado licença judicial para visitar a família, na grande Porto Alegre.
Buscas estão sendo feitas na região com o auxílio da Brigada Militar, Corpo de Bombeiros e bombeiros voluntários da cidade. Cães farejadores, uma equipe da Cruz Vermelha e mergulhadores já se juntaram às autoridades locais, mas sem sucesso.
Segundo Machado, não há motivos aparentes para o desaparecimento de Daniela. “Ela foi ao baile com as amigas, não tinha brigado com ninguém nem viveu nenhum relacionamento amoroso recente.”
O delegado disse admitir que todas as possibilidade estão sendo tratadas. Porém, com o passar de mais de uma semana da data do desaparecimento, a tese de homicídio, segundo ele, já começa a ganhar força.
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