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Ministro prevê para esta semana avanço das negociações com servidores federais em greve

O ministro do Trabalho, Brizola Neto - Sergio Lima/Folhapress
O ministro do Trabalho, Brizola Neto Imagem: Sergio Lima/Folhapress

Do UOL, em São Paulo

13/08/2012 14h47

Em entrevista dada na manhã desta segunda-feira (13), o ministro do Trabalho, Brizola Neto, disse crer que a negociação com os servidores federais devem avançar nesta semana, provocando o fim ao movimento de greve. "Tenho esperança de que essa seja uma semana positiva pelo menos em um grande número de categorias", disse.

Ainda segundo Brizola, é preciso entender que "cada caso é um caso" nas greves. "Cada categoria está pleiteando coisas diferentes, então elas não podem ser colocadas em um bolo geral", disse à rádio Estadão/ESPN.

O ministro ressaltou que nem todas as greves são assunto do Ministério do Trabalho. "É importante compreender o papel da mediação: quem deve fazer a mediação desse processo? O [Ministério do] Planejamento já vem fazendo uma série de propostas e conduzindo as negociações com o setor público". "O litígio entre o capital e o trabalho é pelo Ministério do Trabalho, como no caso da GM (General Motors). E as questões envolvendo o setor público, onde o Estado é parte, cabe ao Trabalho ouvir e colaborar, mas é papel do Planejamento", reiterou.

Manifestação em São Paulo

Policiais federais cruzaram os braços durante protesto na manhã desta segunda-feira (13) em frente ao prédio da sede da Polícia Federal (PF) no bairro da Lapa, zona oeste de São Paulo. A categoria está em greve desde o dia 7 de agosto, por tempo indeterminado, e mantém 30% dos servidores trabalhando.

De acordo com a assessoria da Sindicato dos Servidores da Polícia Federal de São Paulo (Sindpolf-SP), o ato público "demonstrou o descontentamento com a falta de negociação do governo". "Essa semana nosso movimento é pacífico", disse o presidente do Sindpolf, Alexandre Santana Sally.

Ainda de acordo com a assessoria, durante a ação os manifestantes deram as mãos para formar uma corrente humana e ocuparam a escadaria do prédio. O ato foi finalizado com um aplauso ao movimento.

A entidade quer reajuste salarial e reestruturação de carreira e reafirma a postura de não causar impactos à população com a greve.

Na terça-feira (14), a partir das 10 horas, os policiais farão uma doação de sangue coletiva ho hemocentro do Hospital das Clínicas.

Segundo a Fenapef (Federação Nacional dos Policiais Federais), pelo menos 70% do efetivo da PF em todos os Estados aderiu à greve. Na quarta-feira passada (8), delegados federais também começaram uma paralisação --eles pedem reposição da inflação acumulada em três anos.

Atualmente, um salário-base de agente da PF é de R$ 7.514. O de delegados varia de R$ 13.368 a R$ 19.700.