Delegado descarta tentativas de homicídio contra ex-motorista de Bruno a desaparecimento de Eliza
O delegado chefe do Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa da Polícia Civil de Minas Gerais, Wagner Pinto, disse na tarde desta terça-feira (28) que não vê nenhuma relação entre as duas tentativas de assassinato sofridas por Cleiton da Silva Gonçalves, ex-motorista do goleiro Bruno Souza, e as investigações do desaparecimento de Eliza Samudio.
Segundo o delegado, as tentativas estariam relacionadas a dois ex-comparsas de Gonçalves que permanecem presos em Belo Horizonte e teriam contratado o responsável pelos tiros que quase o mataram duas vezes.
A advogada Valéria Salgado, integrante da defesa do ex-motorista do goleiro Bruno Souza, afirmou que seu cliente, Cleiton da Silva Gonçalves, foi novamente vítima de tentativa de homicídio na segunda-feira (27), no bairro Liberdade, em Contagem (MG). De acordo com a descrição da advogada, o ex-motorista e uma mulher estavam dentro de um carro quando chegou um homem e disparou dois tiros do lado do passageiro.
Cleiton já havia sido vítima de uma tentativa de homicídio na noite do último domingo (26) em um bar no mesmo bairro.
Nenhum dos dois ocupantes do veículo foi atingido. A mulher ficou levemente ferida pelos estilhaços do vidro. O ex-motorista não quis ser atendido em nenhuma unidade de saúde após nenhum dos dois atentados. Segundo a advogada, ele ficou com medo de ser morto dentro da unidade.
Os advogados estudam pedir a inclusão do cliente em um programa de proteção à testemunha.
Morte
As tentativas de homicídio contra Gonçalves ocorrem poucos dias depois do assassinato de Sérgio Rosa Salles, primo do goleiro que foi morto com seis tiros no último dia 22 no bairro Minaslândia, região norte de Belo Horizonte.
Segundo a polícia, ele foi perseguido por dois homens em uma moto, sendo que o ocupante da garupa efetuou vários disparos contra ele. O crime ocorreu em uma das ruas do bairro, quando Salles saía para o trabalho.
Nesta segunda-feira (27), a Corregedoria da Polícia Civil de Minas Gerais assumiu as investigações sobre a morte de Salles, até então conduzidas pelo Departamento de Investigações de Minas Gerais.
Uma das hipóteses que serão checadas é a suposta participação de policiais civis na execução do primo de Bruno.
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