Garota salva irmão de ataque de pitbull no interior de São Paulo
Uma garota de 11 anos enfrentou um cão da raça pitbull em Araraquara (273 km de São Paulo) nesta segunda-feira (10) para salvar o irmão, de oito anos, que estava sendo atacado. O animal mordeu a cabeça, as costas e uma das mãos do menino quando ele voltava da escola na companhia da irmã.
Heloisa, a garota, chutou e gritou com o animal, que cessou o ataque e voltou para dentro de casa, uma república de estudantes que fica em frente à escola. "O pediatra falou que o cachorro poderia ter matado meu filho se a mordida tivesse atingido o pescoço", afirma a secretária Cristiana Teixeira, 33, mãe das crianças.
Heitor, o filho, recebeu dois pontos na cabeça e está bem, segundo a mãe. O problema, segundo ela, é a filha, que chora muito e está assustada. A família pensa em procurar ajuda psicológica para a garota.
Cristiana disse que o cão escapou da casa, que possui um portão de madeira, e atacou o filho pelas costas. "Ele é enorme e chega a impressionar de tão forte. Tenho um pitbull em casa, mas menor e dócil. É um absurdo um cachorro grande daqueles na frente de uma escola", afirmou.
A secretária disse que a família não pensa em tomar medidas judiciais contra os estudantes. Os rapazes, de acordo com ela, foram solícitos e pagaram a despesa de R$ 207 na farmácia. "Eles estão sempre em contato para saber se está tudo bem. A carteira de vacinação do cão está em dia. Nós não queremos prejudicá-los."
Van
Agora, em razão do acidente, Heloisa não vai mais buscar o irmão na escola, o que era rotina nos últimos três meses. A casa dos garotos fica a cinco quadras da escola. "Agora contratamos uma van para levar e trazê-lo", afirmou Cristiana.
O pitbull, chamado Johnny, está sob observação do Serviço Especial de Saúde de Araraquara (Sesa). Segundo um funcionário do órgão, o período de observação acaba no próximo dia 20.
A preocupação do Sesa é saber se, mesmo com a vacina em dia, o cão não está contaminado pela raiva. Nos animais, a doença se manifesta em cinco dias e leva os bichos à morte no oitavo dia.
De acordo com o Sesa, foram registrados dois casos da doença em seres humanos em Araraquara nos últimos 42 anos.
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