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Sem habilitação, piloto de avião que caiu na Bahia usou outro nome em plano de voo, diz Anac

Ilhéus está a 460 km de Salvador - Arte/UOL
Ilhéus está a 460 km de Salvador Imagem: Arte/UOL

Aliny Gama

Do UOL, em Maceió

27/09/2012 09h30

O piloto Joas Cardoso Ribeiro, 50, não estava habilitado para realizar serviço aéreo público. Ele seria o piloto responsável pelo voo do avião modelo EMB 810 Sêneca que caiu logo após decolagem de Ilhéus (460 km de Salvador), com destino a Brasília, na noite da última segunda-feira (24).

A informação é da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), que abriu processo administrativo contra o proprietário e operador da aeronave, Bruno de Sá Martins de Araújo, e contra o piloto Amilcar de Carvalho Jacobina.

“No plano de voo apresentado à Aeronáutica, o Código Anac informado foi o do piloto Amilcar de Carvalho Jacobina. Entretanto, há indícios de que o voo tenha sido realizado pelo piloto Joas Cardoso Ribeiro”, disse a agência.

Segundo nota da agência, Ribeiro seria “não qualificado” para a “realização de serviço aéreo público”. “Apesar de regular [a autorização] era incompatível com o modelo de aeronave utilizado”, informou a Anac. Se confirmada a irregularidade, ao final do processo os responsáveis podem ser multados, suspensos ou ter as licenças cassadas.

Segundo o Corpo de Bombeiros da Bahia, até a manhã desta quinta-feira (27) só foi encontrado o corpo do piloto Joas Cardoso e alguns destroços da aeronave, como também objetos pessoais e documentos. Equipes dos Bombeiros, com apoio da Marinha e Força Aérea Brasileira, continuam fazendo uma varredura na área para encontrar outros dois corpos.

A aeronave havia sido fretada pela família da turista goiana Carita de Souza Ramos, 61, que morreu afogada durante um passeio no fim de semana pelo litoral baiano. O marido dela, José Nilton Ramos, 58, estava na aeronave durante o traslado do corpo. Os corpos de Carita e Ramos ainda não foram localizados.