Adoro o mar e vivi uma infância feliz, diz jovem que está leiloando a virgindade
Ingrid Migliorini, 20, que ficou famosa ao leiloar sua virgindade pela internet com o pseudônimo de "Catarina" em uma produção australiana que dará origem a um documentário (www.virginswanted.com.au), contou em entrevista ao UOL, por telefone, que adora o mar e foi criada em uma família "feliz".
A jovem, que está na Indonésia, é do signo de Áries, tem 52 quilos e 1,67 metro de altura. O cabelo é castanho escuro. "Aquele das fotos é mágica de salão”, disse. Ela aparece com alguns fios loiros em fotos tiradas em Itapema (67 km de Florianópolis), onde mora com a família.
Ingrid está em Bali há 43 dias, gravando comerciais para o leilão, cujos lances se encerram no próximo dia 15. O encontro com o vencedor está marcado para 25 de outubro. O leilão faz parte da produção chamada "Virgins Wanted", que renderá um documentário sobre a história de dois jovens prestes a ter a primeira relação. Além da brasileira, o russo Alexander Stepanov, 21, também está leiloando a virgindade.
Como Ingrid não obteve visto para ingressar na Austrália, ela foi levada para a Indonésia.
Desde pequena, diz que não gosta de seus olhos, que acha "finos demais". As pupilas são cor de mel. É católica. Ao ser questionada sobre sua família, disse que se dá "superbem" com a mãe. Ingrid é a terceira dos quatro filhos de Mari, 52, cujo sobrenome foi mantido em sigilo a pedido da filha. A mãe é descendente de imigrantes alemães e italianos do interior catarinense.
Mari viveu duas uniões estáveis. Da primeira, tem dois filhos, uma médica e um comerciante, ambos hoje na casa dos 30. Da segunda, com um homem 13 anos mais jovem, tem Ingrid e Philip.
A última união durou 15 anos e acabou em 2007. Ingrid diz que era muito apegada ao pai. "Ele é um homem maravilhoso e compreensivo. Sabe o que vou fazer, mas só está preocupado com meus estudos, quer que eu termine a faculdade."
A jovem relata que teve uma infância "feliz". Ela se dividia entre Itapema (SC), onde mora a mãe, e Ribeirão Preto (SP), terra do pai. Aos nove anos, a família se mudou de Itapema para Ribeirão. Lá, Ingrid viveu por oito anos, até completar o ensino médio. Mari já estava separada quando decidiu voltar para Santa Catarina.
Vida em Itapema
O pai, agora um arquiteto bem-sucedido, comprou o apartamento luxuoso onde hoje vive a família, em um condomínio de Itapema. O imóvel tem quatro quartos e fica no terceiro andar de um edifício no calçadão do bairro Meia Praia. Corretores locais avaliam o imóvel em cerca de R$ 1 milhão.
Moram no apartamento três gerações: Ingrid e Philip, Mari e a avó Olívia. Mãe de Mari, dona Olívia preocupa a jovem Ingrid: "Por favor, não contem a ela o que estou fazendo, senão ela vai enfartar", diz, rindo.
Sobre a vida em Itapema, Ingrid resume: "Meu pai banca tudo. Adoro acordar de manhã e abrir as janelas para o mar, para o sol". Foi a falta do mar que a fez "odiar" São Paulo e optar por mudar-se com a mãe para Itapema.
Entre 18 e 19 anos ela viveu uma fase que chama de "baladeira". Saía com os amigos em Balneário Camboriú, distante 20 minutos de carro de Itapema. Fala de sua paixão: "Adoro Pink Floyd". Em sua lista de preferência musical também figuram Chico Buarque, Caetano Veloso e Cartola. Jura que nunca tocou em drogas.
Sem beijo na boca
Foi durante uma balada que ela diz ter conhecido seu primeiro amor, um garoto argentino. "Gostei dele", confessa, mas não cede a ponto de se dizer apaixonada.
O contrato que assinou com os organizadores do leilão estipula que o ganhador não poderá beijá-la na boca. De qualquer forma, Ingrid diz que já beijou antes. "Meu primeiro beijo foi num garoto da minha idade, quando a gente tinha 17 anos. Foi curiosidade. Eu queria saber como era."
Enquanto aguarda o encontro com o vencedor do leilão, Catarina está numa pousada em Bali, sem internet. "Tenho até medo de sair à noite porque preciso atravessar um campo escuro, cheio de vacas", queixa-se, informando que o lugar "não tem glamour".
Seu companheiro inseparável é Floquinho, um cachorro de pano que ela carrega desde os seis anos. Orgulhosa, enviou para o repórter do UOL uma foto dela com o mascote de pano. "Não durmo sem ele."
Ingrid garante que não teme o vencedor desconhecido: "Se o ganhador for um sheik árabe velho e gordo? E daí, faz parte, vou ter que encarar".
O lance mais recente por sua virgindade alcançou US$ 190 mil (em torno de R$ 384 mil). Se tudo correr como planejado pelos produtores, no dia 25 ela terá de se entregar ao ganhador, cuja identidade é mantida em sigilo.
Ingrid avisa que não vai desistir da aventura: "Eu gosto do jogo, da excitação, do suspense. Não me importa quanto vai dar de dinheiro", finalizou.
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