Presa no Maranhão passa mal, e médicos descobrem celular escondido no útero
Uma mulher que está presa na delegacia do município de Bacabeira (61 km de São Luís) passou mal e, ao ser levada para um hospital na capital maranhense, os médicos descobriram que a detenta escondeu um aparelho de telefone celular dentro do útero. A polícia não soube informar como a presa teve acesso ao telefone celular e quando ela o colocou no útero. Após ser medicada, a presa retornou à delegacia, que está superlotada e não tem condições de manter a mulher no estado de saúde em que ela se encontra.
De acordo com a CGJ/MA (Corregedoria Geral da Justiça do Maranhão), o delegado de Bacabeira, Davi Feller, informou o caso à juíza da 1ª Vara da comarca de Rosário, Rosângela Prazeres, na última segunda-feira (22), para que sejam tomadas providências cabíveis para resolver o caso. O delegado também enviou ofício à Superintendência de Polícia do Interior e à Secretaria de Segurança Pública do Maranhão para que ficassem cientes do caso.
De acordo com o documento, o delegado destacou que o “fato só foi descoberto devido a fortes dores e febre das quais a presa passou a se queixar e, após ser submetida a um exame de raio-X do útero no Hospital Socorrão 2, em São Luís.” Feller solicitou a transferência da detenta para outra unidade do sistema prisional do Estado. A juíza Rosângela Prazeres informou que o pedido ainda não foi atendido “por falta de vagas”.
O delegado também pediu que a Justiça determinasse que não sejam encaminhadas novas presas para a delegacia de Bacabeira devido “à precariedade das instalações e à superlotação”. De acordo com a CGJ, a presa responde a processos pelos crimes de tráfico de entorpecentes e homicídio na comarca de São Luís e foi transferida para a delegacia de Bacabeira “porque apresentava sérios problemas de comportamento no presídio feminino, onde estava custodiada”.
Interdição
A magistrada informou que realizou uma inspeção na delegacia de Bacabeira e encaminhou um relatório ao CNJ (Conselho Nacional de Justiça), o qual descreveu a precariedade do prédio da unidade prisional. A delegacia está interditada e, com isso, proibida de receber novos presos.
Na manhã desta quarta-feira (24), a reportagem UOL entrou em contato com a CGJ/MA para saber que providências estão sendo tomadas para transferir a presa e ainda se há a solicitação de procedimento para retirada do telefone celular de dentro do útero da interna, mas até a publicação deste texto não obteve resposta.
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