Após suspenderem paralisação, funcionários de companhias aéreas protestam em São Paulo
Os funcionários das companhias aéreas decidiram manter o estado de greve, após uma assembleia realizada em São Paulo, na sede do SNA (Sindicato Nacional dos Aeronautas), na tarde desta quinta-feira (13). A decisão sobre a paralisação foi suspensa, por tempo indeterminado.
“A paralisação só foi suspensa devido ao avanço das empresas e em respeito aos cidadãos”, afirmou Gelson Fochesato, presidente do sindicato.
Depois da assembleia, os trabalhadores seguiram para o aeroporto de Congonhas, na capital paulista, onde realizam um protesto.
A categoria – que inclui os aeronautas que trabalham a bordo, como comissário e pilotos, e os aeroviários, que atuam em solo – está em negociação desde setembro com as empresas. De acordo com o SNA, os funcionários lutam por um aumento real, enquanto as companhias oferecem índices iguais ou abaixo da inflação, conforme a faixa salarial.
Eles pedem 11,4% de aumento salarial. Para os aeroviários, o índice reivindicado é de 15% para quem ganha o piso salarial, e 10% para os demais profissionais.
Os trabalhadores também lutam para que as empresas comprometam-se em cumprir a regulamentação profissional, querem novos pisos e reclamam da sobrecarga de trabalho, do assédio moral e da fadiga, que amplia os riscos de acidentes aéreos.
“Vamos à greve, não só por nossos salários, mas por dignidade e segurança. Não faremos greve como baderneiros, faremos como profissionais que têm a obrigação de alertar a sociedade sobre a urgência de o nosso país ter uma política séria para a aviação, que garanta empresas nacionais e respeite o trabalhador”, afirmou Fochesato, em um vídeo divulgado no site do SNA.
“Não podemos admitir o número absurdo de demissões que vem acontecendo em um setor que nos últimos anos registrou um crescimento acima do PIB nacional”, acrescentou o dirigente.
A última reunião entre os funcionários e as empresas ocorreu ontem, mas não houve avanço nas negociações.
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