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Polícia investiga invasão a gabinete de prefeito e incêndio a documentos em Timbiras (MA)

Carlos Madeiro

Do UOL, em Maceió

17/12/2012 19h18

A Polícia Civil do Maranhão vai abrir inquérito, nesta terça-feira (18), para investigar uma invasão ao gabinete da Prefeitura de Timbiras (266 km de São Luís), neste domingo (16), quando um incêndio destruiu documentos da gestão municipal.

Segundo o delegado do município, Vilmar Santana, a suspeita é que o prédio tenha sido invadido por criminosos na manhã deste domingo (16). “Uma porta já de dentro da prefeitura foi arrombada. Mas não houve arrombamento de dentro para fora. Ou seja, precisamos saber como essa pessoa entrou sem arrombar nada. Foram destruídos documentos, não houve um grande incêndio no prédio. Tudo indica que se trata de algo criminoso com esse intuito”, disse ao UOL, na tarde desta segunda-feira (17).

Nesta manhã, peritos do Instituto de Criminalística fizeram a análise do local invadido e do material destruído pelo incêndio. Um análise será feita em São Luís. "Vamos esperar o laudo, mas vamos ouvir testemunhas que apagaram o incêndio, dos populares que perceberam o fogo no local. Os documentos foram enviados à perícia para que a gente saiba que documentos são esses”, explicou.

Ainda segundo a polícia, a sede da prefeitura não teve grande danos físicos. “O prédio não chegou a ser destruído, foi apenas uma sala que ficou danificada, que foi exatamente onde está o gabinete do prefeito”, afirmou.

Problemas

A Prefeitura de Timbiras passa por um momento de instabilidade política. O prefeito Nonato Pessoa (PT) foi afastado do cargo pela Câmara de Vereadores no último mês, acusado de mal uso de verbas públicas. Poucos dias depois, uma liminar confirmou o afastamento. Porém, uma nova decisão da Justiça, no último dia 10, reconduziu Nonato Pessoa ao cargo.

Nonato chegou a ser candidato à reeleição, em outubro, mas acabou derrotado por Fabrício do Foto (PRB).

Segundo informações de blogs locais, há uma série de denúncias de problemas na cidade, como atraso de salário de servidores e falta de atendimento médico. O UOL tentou contato durante toda esta segunda-feira com a Prefeitura de Timbiras, mas as ligações não foram atendidas.