Polícia encontra base de quadrilha que explodiu fábrica de joias e fez reféns no RS
A polícia gaúcha localizou um sítio no litoral norte gaúcho que serviu de base para o grupo que explodiu a fábrica de joias em Cotiporã (169 km de Porto Alegre), na serra do RS, na madrugada do último dia 30. Localizado no município de Santo Antônio da Patrulha, a propriedade pertence a Elisandro Rodrigo Falcão, 31 anos, tido como um dos líderes do bando, morto em troca de tiros com a polícia na mesma madrugada do assalto.
No local, foram encontrados uma moto e outros objetos que estão sendo periciados. A polícia quer saber agora se os quatro fugitivos estiveram no local após deixarem a serra. A localidade também servia de esconderijo para José Carlos dos Santos, o Seco, um dos principais assaltantes de bandos e carros-fortes do RS, que está preso.
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Nesta segunda-feira, a Justiça decretou a prisão preventiva de Edio Robert dos Santos, 26 anos, preso na noite desse domingo, em um parreiral, na localidade de Capela de São Roque, no interior de Cotiporã.
Santos, que não possuía antecedentes criminais, é para a polícia um dos membros do bando. Ele estava, conforme o delegado Paulo Roberto Rosa da Silva, da delegacia regional de Caxias do Sul, no Audi utilizado por parte do bando na fuga na madrugada do assalto. O veículo foi encurralado pela polícia e três comparsas morreram: Elisandro Rodrigo Falcão, Paulo César da Silva e Sérgio Ritter.
Em depoimento, Santos nega participação no crime. Nascido no município de Medianeira, no Paraná, ele residia em Farroupilha, na serra gaúcha, e havia pedido demissão de uma empresa de segurança de Caxias do Sul, há três semanas.
"Todos os indícios levam a crer na participação dele [no assalto]. Vestia camisa jaqueta e calça estilo militar pretas e coturno. Ele foi encontrado com a roupa toda molhada e marcas de três tiros recentes, sem cicatrização, na região temporal esquerda, no polegar e no antebraço esquerdos", explicou o delegado.
Santos foi autuado em flagrante por roubo, formação de quadrilha e tentativa de homicídio e foi recolhido ao presídio de Nova Prata. Agora, com o decreto da Justiça, ele deve ser transferido para uma unidade de alto segurança, como a Pasc (Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas) - região metropolitana -, conforme o delegado.
De acordo com a capitã Helena Santana, da Brigada Militar, Santos estava com ferimentos à bala na cabeça, no polegar e braço esquerdos. Ao ser questionado sobre o porquê dos ferimentos, apenas diz que é trabalhador e que está "confuso", conforme a capitã.
"Ele bateu em três casas esta noite pedindo um carro ou uma moto emprestados para tentar encontrar os amigos, com quem ele disse que estava pescando, mas se perdeu", revela a oficial.
Santos pediu também aos moradores para que ligassem a dois telefones com código de área 51 pra contatar seus amigos. O pedido não foi realizado. Agiram a polícia investiga os números.
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