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Escoltas obrigam criminosos a terem pressa e a mudarem alvos, diz PM de Santa Catarina

Operação da PM faz escolta de ônibus com carros alugados em Florianópolis - Anderson Pinheiro/Futura Press/Estadão Conteúdo
Operação da PM faz escolta de ônibus com carros alugados em Florianópolis Imagem: Anderson Pinheiro/Futura Press/Estadão Conteúdo

Renan Antunes de Oliveira

Do UOL, em Florianópolis

08/02/2013 09h36

Os quatro bandidos que atacaram um ônibus da empresa de transportes Biguaçu na noite dessa quinta-feira (7) não ordenaram aos passageiros que saissem do veículo antes de atear fogo nele - diferença de atitude detectada pelo setor de inteligência da Polícia Militar de Santa Catarina. Nos ataques até agora, os criminosos davam tempo para os passageiros escaparem, o que evitou mortes e ferimentos.

De acordo com o major PM João Carlos Neves, "certamente a pressa dos ataques pode estar relacionada com a presença das escoltas e rondas da PM, o que tira o tempo dos bandidos".

Segundo o coronel Valdemir Cabral, subcomandante da PM, "este ataque é o tipo de ato que preocupa porque visa a infundir pavor na população, podendo causar vítimas."
O incidente ocorreu às 20h30, em São José, na Grande Florianópolis, num momento e local onde não havia escolta.

Segundo o registro da PM, o ônibus parou no ponto final da rua Otto Malina, quando quatro suspeitos aparentando ser adolescentes invadiram o veículo pela porta da frente. O motorista contou à polícia que eles jogaram gasolina na sua cabine e no posto do cobrador, enquanto os 10 passageiros fugiram pela porta dos fundos, já com o ônibus em chamas.

Segundo o major PM Alessandro Marques, outro fator que apressa os criminosos "é que além das rondas e das escoltas, eles temem a presença de um policial à paisana no ônibus".

Ele disse também que a inteligência da PM já notou que os atacantes estão procurando alvos mais fáceis: "Um ataque a um ônibus numa garagem, ou um carro particular, dá os mesmos 15 minutos de atenção na imprensa que o criminoso está buscando".