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Gil Rugai tenta despistar a imprensa na entrada do fórum em São Paulo

Vestindo terno, Gil Rugai chega ao Fórum Criminal da Barra Funda, na zona oeste de São Paulo - Leonardo Soares/UOL
Vestindo terno, Gil Rugai chega ao Fórum Criminal da Barra Funda, na zona oeste de São Paulo Imagem: Leonardo Soares/UOL

Janaina Garcia

Do UOL, em São Paulo

18/02/2013 10h20

O ex-seminarista Gil Rugai, 29, tentou despistar a imprensa nesta segunda-feira (18) ao chegar ao Fórum Criminal da Barra Funda, zona oeste de São Paulo, para o primeiro dia de seu julgamento. Ele tentou entrar ao lado da mãe sem a chamar atenção.

Rugai é acusado dos assassinatos do próprio pai, Luiz Carlos Rugai, e da madrasta, Alessandra de Fátima Troitino. O casal foi morto a tiros na casa em que morava, em 28 de março de 2004, em Perdizes, zona oeste.

Minutos antes de sua chegada, o advogado de defesa, Marcelo Feller, subiu a rampa que dá acesso ao fórum com três malas de documentos acompanhado por um jovem com traços semelhantes aos do réu.

Depois da insistência dos repórteres, Celler disse que aquele "era Léo [irmão de Gil]".

Enquanto o advogado conversava com jornalistas, o réu entrou pela portaria principal vestindo terno.

Perícia é ridícula, diz perito Molina

Ao chegar ao fórum, o perito Ricardo Molina disse que a perícia do caso "é ridícula".

Contratado pela defesa do ex-seminiarista, Molina afirmou que irá expor razões técnicas capazes de provar erros do Instituto de Criminalística durante a investigação do caso.

"Está tudo errado, do começo ao fim", declarou Molina, para quem "a perícia é ridícula".

O perito não quis entrar em detalhes sobre os aspectos que foram analisados antes de se manifestar em juízo, mas disse que um dos pontos questionados serão as marcas de um chute na porta da sala onde o empresário foi morto. Conforme a perícia, as marcas eram do pé de Gil Rugai.

"Além disso, o vigia jamais poderia ter visto Gil saindo do local", afirmou, referindo-se a uma das cinco testemunhas arroladas pela acusação.