Últimos desalojados pela chuva no litoral norte de São Paulo voltam para casa; perda foi total

Já estão em casa as cerca de 20 famílias que ainda estavam desalojadas pela chuva que atingiu São Sebastião (191 km de São Paulo) entre a noite de sexta-feira (22) e a madrugada de sábado (23).

Elas foram autorizadas a voltar no início desta manhã, mas continuarão fazendo refeições no local onde estavam abrigadas --o Ginásio de Esportes Astrogildo Gomes de Oliveira, no bairro Boiçucanga-- por ter perdido todos os bens que possuíam.

As famílias afetadas vivem na chamada costa sul, a parte alta e mais distante das praias, e estão distribuídas nos bairros Maresias, Sítio do Cambury e Boiçucanga –onde morava a menina Tainá Simões, 11, que morreu por afogamento em uma enxurrada e teve seu corpo enterrado ontem (24), no cemitério do bairro. Sua casa foi destruída.

A força da água também afetou equipamentos públicos. O pluviômetro (aparelho que mede o nível acumulado de precipitações) do bairro Juquehy ficou parcialmente submerso e parou de registrar o índice de chuva. Em Maresias, choveu 123,9 mm (milímetros), e em Boiçuganca, 99,3 mm, mais do que o acumulado no mês inteiro.

A chuva também causou prejuízos aos bairros Sertão do Piavu e Sertão do Cacau, onde pontes foram destruídas pela correnteza e por troncos de árvores carregados pela água. Ruas sofreram inundações, e casas alagaram. Em Boiçuganca, um carro foi arrastado por quase um quilômetro, e animais morreram afogados.

Ao todo, a água invadiu cerca de 200 casas em Cambury, 117 em Maresias e 80 em Vila Sahy, o que demandou a retirada de 131 pessoas, de acordo com a Defesa Civil de São Sebastião.

Ajuda

A prefeitura cadastrou as famílias liberadas hoje (25) para saber de quais móveis e eletrodomésticos precisam. Doações podem ser entregues na administração regional de Boiçucanga ou na sede da Secretaria Municipal de Segurança, no Centro.

Informações sobre horários e locais de entrega podem ser obtidas no telefone (12) 3891-2033.