Empresária flagra striptease para o marido na internet, divulga imagens e apanha em Nova Odessa (SP)
A empresária S.T., 36, de Nova Odessa (122 km de São Paulo), acusa uma guarda municipal de agredi-la dentro da academia de ginástica da qual é proprietária. A agressão teria ocorrido depois que S. diz ter fingido ser o próprio marido pelo Skype e mantido uma conversa de cunho sexual com a guarda, que teria pensado estar conversando com o homem.
O comando da Guarda Municipal estuda se abrirá sindicância contra a agente. Em nota oficial, a instituição firmou que “já colheu os depoimentos dos envolvidos e encaminhou o caso à Corregedoria, que tomará a decisão em relação à abertura da sindicância”. As punições possíveis vão de advertência a exoneração do cargo.
A conversa, segundo o boletim de ocorrência, aconteceu na tarde da última sexta-feira (22). S. encontrou o Skype de seu marido, M.T., aberto e começou a conversar com a guarda municipal P.C. Fazendo-se passar pelo marido, S. respondeu às mensagens de P. e desenvolveu com ela uma conversa com teor sexual.
Quando o diálogo ficou mais quente, informa a polícia, a guarda teria dito que queria ver M. na webcam. A empresária mandou então uma solicitação de conversa em webcam, que foi aceita por P.
Roupa íntima na webcam
De acordo com o boletim de ocorrência, a empresária viu a guarda de roupa íntima, que, ao perceber que, em vez do marido, era a mulher quem aparecia na transmissão, desligou a câmera e saiu do Skype. Na sequência, apagou parte das informações de seu perfil na rede.
Na mesma madrugada, S. salvou o diálogo que tivera com P. e enviou um e-mail para familiares da guarda com toda a conversa sensual que tiveram. Indignada, a guarda foi, na manhã de sexta-feira, à academia da empresária.
Pouco depois, uma briga começou, e a guarda partiu para a agressão, dando socos em S. Um deles atingiu os óculos da vítima, quebrando-o, segundo o boletim de ocorrência.
Agressão
A reportagem apurou que a acusada estava em folga e sem uniforme quando foi até a academia. Segundo a versão de S. à polícia, a guarda teria dito, durante a confusão, que só não bateu mais nela “porque não quis”, afirmando ainda que só não manteve relações sexuais com o marido dela pelo mesmo motivo.
O marido, que estava no local no momento da confusão, acabou separando a briga e retirando a guarda do local. Na sequência, S. foi até o Plantão Policial de Nova Odessa, onde registrou o caso. Ela fez exame de corpo de delito para comprovar as agressões.
Testemunha
Uma aluna da academia que pediu para não ser identificada presenciou a agressão. “Foi uma coisa feia de se ver. A guarda xingava muito, tentou humilhar a S. Ninguém sabia o que tinha acontecido, foi uma surpresa grande. Elas ficaram brigando por pelo menos dez minutos, e ai o marido da S. separou”, disse.
A Polícia Civil em Nova Odessa informou que houve o registro do caso, mas que até o meio dia de hoje S. não havia feito a representação contra P. O prazo para que isso ocorra é de no máximo seis meses. Ela pode responder por lesão corporal, cuja pena varia de um a três anos de detenção.
Outro lado
A reportagem tentou contato com a guarda, mas ela não atendeu aos telefonemas nem respondeu aos e-mails enviados pelo UOL. Ela também foi procurada na sede da corporação, mas a reportagem foi informada que ela só entraria em serviço amanhã à noite.
S. e seu marido foram procurados, das 9h às 13h, mas não atenderam às ligações realizadas para o telefone da academia nem retornaram aos recados deixados pela reportagem.
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