Evandro não relatou tortura e admitiu ter ido buscar Mizael em Nazaré, diz representante da OAB
A última testemunha convocada pela acusação no julgamento de Mizael Bispo de Souza, acusado de ter matado a ex-namorada Mércia Nakashima em 2010, o advogado Arles Gonçalves Júnior, disse durante depoimento nesta terça-feira (12) no Fórum de Guarulhos --região metropolitana de São Paulo-- que o vigia Evandro Bezerra da Silva confessou, durante interrogatório, que foi buscar o réu na represa de Nazaré Paulista (SP).
Arles foi o representante da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) que presenciou os interrogatórios de Evandro, em São Paulo, e de Mizael, além da reconstituição do crime.
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Segundo o advogado, Evandro não relatou ter sofrido nenhum tipo de tortura. O vigia contou, mais tarde, que foi torturado pela polícia sergipana e, por isso, confessou o crime no Nordeste.
Arles também disse não ter visto qualquer tipo de conduta estranha em São Paulo, quando Evandro foi ouvido no DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) pelo delegado Antonio Assunção de Olim, também testemunha no júri, primeira a depor hoje.
"Não percebi nenhuma arbitrariedade cometida pelo doutor Olim. Obviamente o trato policial não é o mesmo do promotor, do juiz e de advogados. Um policial no fim usou linguagem mais chula, mas Evandro já tinha dito tudo", contou.
Sobre a confissão de Evandro, o representante da OAB lembrou de um detalhe da volta da represa, onde depois o corpo de Mércia foi encontrado.
"Espontaneamente, Evandro disse que quando ele e Mizael saíram de lá, encontraram com um carro de polícia em um acidente", disse.
O delegado, mais tarde, constatou, com a ajuda da Polícia Militar, que, de fato, um carro da polícia estava naquele local.
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