Agentes da Defesa Civil morreram após resgate em Petrópolis (RJ)
Os agentes da Defesa Civil de Petrópolis (66 km do Rio de Janeiro) Fernando Fernandes de Lima e Paulo Roberto Filgueiras morreram na noite desse domingo (17) no momento em que resgatavam duas moradoras de uma área de risco no bairro Quintandinha, segundo informou coronel Rafael Simão, secretário municipal de Defesa.
Simão afirmou que ambos retiraram cerca de 20 moradores de suas casas quando foram atingidos por um muro que desabou em um deslizamento. Outro agente da Defesa Civil foi atingido e está no Centro de Terapia Intensiva do hospital Santa Teresa, em Petrópolis. O coronel disse que os agentes foram até o local para convencer os moradores que resistiam em deixar suas casas.
"Se não fosse a atitude deles, ela teriam morrido. Eles ainda conseguiram salvar duas vidas antes de falecer. São heróis", afirmou ela.
O bairro Quitandinha foi o mais afetado pelas chuvas. Deslizamentos provocaram o desabamento de casas e a morte de moradores. Pelo menos dez pessoas morreram em Petrópolis.
Além dos agentes da Defesa Civil, entre as vítimas estão dois irmãos --um adolescente e um bebê-- também moradores do bairro de Quitandinha. Eles estavam em casa quando foram soterrados durante um deslizamento de terra.
Vizinha das casas que desabaram, a doméstica Ana Lúcia Bueno conta que viveu momentos de pânico quando o deslizamento de terra começou.
Ela diz que saiu de casa, onde vive com o marido e dois filhos, quando ouviu crianças gritando socorro.
“A gente saiu de casa e começou a desabar tudo. Foi um desespero. Eu ainda tentei ir ajudar, mas meu filho me impediu. Se não fosse por isso, eu estaria morta também. Eu conheço todas as crianças. São todos amiguinhos aqui da rua. É muito triste. Eu conhecia todas elas”, disse Ana Lúcia.
Por volta do meio-dia desta segunda-feira (18), ainda chove forte na localidade e não há energia elétrica.
Moradora da região da Quitandinha, Maria de Oliveira Lima disse que conhecia uma das vítimas do deslizamento de terra.
Para ela, a imagem das casas destruídas lembram uma experiência pessoal semelhante, ocorrida em 2001, quando sua casa desabou durante a chuva forte.
“Eu perdi meu marido naquele temporal. É uma dor horrível. É um mal que não desejo para nenhum inimigo. Meus filhos escaparam por um milagre”, disse.
Segundo Maria de Oliveira, durantes as chuvas de ontem, a sirene tocou no local onde ela mora e ela pôde sair de casa, que não sofreu danos. (*Com Agência Brasil).
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