Laudo confirma que queima de espuma gerou cianeto mortal na boate Kiss
O laudo do IGP (Instituto Geral de Perícias) sobre a liberação de gases tóxicos pela espuma de poliuretano que revestia o teto da boate Kiss, em Santa Maria (RS), confirmou que o incêndio da madrugada de 27 de janeiro produziu cianeto, monóxido de carbono e dióxido de carbono em quantidade suficiente para asfixiar as pessoas que morreram na tragédia. O laudo foi enviado na tarde desta terça-feira (19) à polícia.
O documento tem oito páginas no total e informa que a queima da espuma liberou três tipos de gases suficientes para asfixiar as pessoas que estavam dentro da Kiss no momento do incêndio. O resultado foi obtido depois que amostras do material foram queimadas com um artefato pirotécnico do mesmo tipo do utilizado no show da banda Gurizada Fandangueira.
A liberação do cianeto, segundo o laudo, colaborou para as mortes das 234 pessoas cujas autópsias já foram entregues à polícia. Outras sete mortes ocorridas depois do incêndio não fazem parte da análise do documento.
O laudo é fundamental para a conclusão do inquérito porque ajuda a provar cientificamente a tese da polícia de que as mortes foram provocadas por asfixia devido à produção de gases tóxicos no interior da boate. Também ajudam a indiciar os suspeitos por homicídio qualificado doloso, já que a utilização da espuma pressupunha o risco de um acidente fatal.
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