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Gato ganha velório com caixão em Minas Gerais

O gato Cristiano, 13, ganhou velório em São João do Manteninha (a 432 km de Belo Horizonte), em MG - Patricia Aparecida Coutinho Lages
O gato Cristiano, 13, ganhou velório em São João do Manteninha (a 432 km de Belo Horizonte), em MG Imagem: Patricia Aparecida Coutinho Lages

Carlos Eduardo Cherem

Do UOL, em Belo Horizonte

28/03/2013 21h10

O gato Cristiano tinha 13 anos quando morreu, na última terça-feira (26), em São João do Manteninha (a 432 Km de Belo Horizonte), em Minas Gerais.

A adolescente Edilaine Gonçalves de Castro, 17, tinha ganhado o felino quando tinha quatro anos de idade e queria ter enterrado o animal no cemitério da cidade, mas não pôde.

A estudante procurou o destacamento da Polícia Militar local, procurando orientações. “Nós lhe explicamos que animais não podem ser enterrados no cemitério. Ela se conformou e fez o enterro em casa”, disse um soldado que conversou com a jovem.

“Muita gente foi ao enterro. Realmente chamou a atenção do pessoal”, afirmou ele.

Sensibilizados pela tristeza da garota, cerca de 200 moradores da cidade compareceram ao velório do bicho, seguido do enterro, realizado no quintal da casa da família, no bairro Recanto das Pedras, na quarta-feira (27).

“Foi muito triste. Muita gente, principalmente do bairro, ficou solidária com a morte do gatinho dela. Postei as fotos do velório no Facebook e já tive mais de 2.000 acessos. Muita gente também se preocupou com ela”, afirmou a funcionária pública Patrícia Aparecida Coutinho Lages, que divulgou a informação do velório e do enterro de Cristiano nas redes sociais.

Segundo a amiga, o velório durou “algumas horas" e teve "até fila”. A funerária da cidade preparou um caixão para Cristiano, coberto de flores brancas.

A cidade tem 5.188 habitantes e fica no leste de Minas Gerais. Cristiano morreu de velhice, segundo Patrícia. "Os dentinhos estavam muito fracos, ele estava andando pouco. Não aguentou, coitado."

A reportagem do UOL tentou falar por diversas vezes com a adolescente, mas ela não atendeu aos telefonemas.