Promotor diz ter sensação de "dever cumprido" após júri "mais difícil e tenso"
Após conseguir a condenação do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, a 22 anos de prisão pela morte e ocultação do cadáver da ex-modelo Eliza Samudio, em 2010, o promotor do caso, Henry Castro, disse ter a sensação de “dever cumprido” em um julgamento o qual ele considera o “mais difícil e tenso” entre todos os júris do caso.
O dia a dia do júri
Já foram julgados Luiz Henrique Romão, o Macarrão, condenado a 15 anos de prisão, e o ex-goleiro Bruno Fernandes, sentenciado a 22 anos e três meses.
Em entrevista neste domingo (28), após deixar o Fórum Doutor Pedro Aleixo, em Contagem (MG), Castro mostrou-se visivelmente satisfeito com o resultado do julgamento e chegou a brincar com os jornalistas: “agora, só peço a Deus para não morrer de dengue ou atropelado por uma carroça”.
O promotor também comentou a importância do júri de Bola para o desfecho do desaparecimento da ex-modelo Eliza Samudio (ex-amante do ex-goleiro Bruno Fernandes).
"O corpo de Eliza foi destruído. Não há dúvida nenhuma disso, após o julgamento de Bola", disse.
Promotoria não crê em progressão para semiaberto
Ainda de acordo com o promotor, daqui cinco anos, Bola poderá pedir para cumprir a pena em regime de prisão semiaberto (quando o preso tem a prerrogativa de trabalhar ou estudar fora, mas precisa dormir na penitenciária).
O direito à progressão da pena para esse regime, no caso de Bola, pode ser conferido após o ex-policial cumprir dois quintos da pena de 19 anos, pelo homicídio; e de um sexto da pena de três anos pela ocultação do cadáver de Eliza. Bola está preso desde a época do crime, em 2010.
Entretanto, na avaliação de Henry Castro, dificilmente Bola conseguirá passar para o regime semiaberto, visto que o ex-policial deve enfrentar mais dois outros júris, ainda este ano.
O ex-policial é suspeito de envolvimento em pelo menos mais dois homicídios em Minas Gerais --um em Belo Horizonte e o outro em Esmeraldas, região metropolitana da capital.
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