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Defesa de Bola tenta desqualificar investigação policial

Carlos Eduardo Cherem e Rayder Bragon

Do UOL, em Belo Horizonte

22/04/2013 19h20Atualizada em 22/04/2013 20h40

Após a tentativa frustrada de suspender o julgamento de Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, que começou nesta segunda-feira (22), em Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte, a defesa do acusado tenta desqualificar o inquérito policial que apurou o desaparecimento e morte de Eliza Samudio --ex-amante do goleiro Bruno Fernandes, já condenado pelo crime a 22 anos de prisão.

Veja como foi o julgamento do goleiro Bruno 

Washington Alves/UOL

O advogado de defesa de Bola, Ércio Quaresma, afirmou que, no inquérito, constam 50 telefonemas dados pelo ex-policial civil José Laureano, o Zezé, no dia 10 de junho, dia em que a ex-modelo teria sido assassinada por Bola, em sua casa em Vespasiano.

Assim, o advogado questionou à delegada Ana Maria Santos, primeira depoente como testemunha de acusação, na condição de informante como autoridade policial, porque esse fato não foi investigado.

Ana Maria dos Santos informou que, à época, não havia “elementos” para tanto.

“Não se entendeu no período que havia fundamentos. Não havia elementos. As provas têm de ser contextualizadas, as provas subjetivas e objetivas devem ser cruzadas. Quando surgiram informações sobre a participação do Zezé, o inquérito já estava no fim, sendo concluído”, afirmou a delegada. 

Bocejo

As perguntas repetitivas no sentido de desqualificar o inquérito policial conduzido pela delegada Ana Maria Santos, iniciado às 16h, fez a juíza que preside o julgamento, Marixa Rodrigues, permanecer em pé e bocejar durante as perguntas do advogado Ércio Quaresma.

Entre outras indagações, Quaresma chegou a perguntar a delegada se ela o investigava: “A senhora sabe me informar se eu fui investigado por ter, de algum modo, intermediado eventual pagamento para o Bola?”, indagou o advogado.

Ana Maria Santos respondeu: “o senhor não consta como investigado”.

Quaresma ainda perguntou à delegada se “ela considera que o trabalho da Polícia Civil foi bom”.  “Sim”, respondeu Ana Maria Santos. Quaresma ainda indagou se a delegada teria, em alguma fase das investigações, ido ao Rio de Janeiro. “Sim”, respondeu a delegada.

As investigações, formalmente, começaram no Rio de Janeiro.