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Viracopos deve ter mais de 9 milhões de passageiros em 2013, diz concessionária

Imagem divulgada pela concessionária Aeroportos Brasil mostra como será o novo terminal do aeroporto de Viracopos, que tem previsão de entre para maio do ano que vem - Divulgação/Aeroportos Brasil
Imagem divulgada pela concessionária Aeroportos Brasil mostra como será o novo terminal do aeroporto de Viracopos, que tem previsão de entre para maio do ano que vem Imagem: Divulgação/Aeroportos Brasil

Hanrrikson de Andrade

Do UOL, no Rio

21/05/2013 14h22

O aeroporto de Viracopos, em Campinas, registrou fluxo de 3.042.912 milhões de passageiros apenas nos primeiros quatro meses de 2013, um crescimento de 7,72% em relação ao mesmo período do ano passado (cerca de 2,8 milhões). A informação é do presidente da concessionária Aeroportos Brasil, Luiz Alberto Kuster, que tem a expectativa de fechar o ano com uma movimentação acima dos 9 milhões de passageiros.

Pesquisa do IBGE sobre conexões aéreas entre municípios brasileiras, divulgada nesta terça-feira (21), apontou o aeroporto de Campinas como o décimo maior em relação ao fluxo de passageiros, com 3.118.673, em 2010. De acordo com o presidente da Aeroportos Brasil, Viracopos subiu três posições no ranking até o fim do ano passado, atingindo os 8,8 milhões de passageiros por ano. Os dados são da Infraero.

Segundo a matriz de responsabilidades da Copa do Mundo, Viracopos é o segundo aeroporto que mais recebe investimentos para a Copa do Mundo, com 1,185 bilhões. Kuster afirmou ao UOL que o pacote de investimentos é ainda maior, superando os 2,2 bilhões. Os recursos são utilizados na reforma do terminal já existente, além da construção de um novo (que será entregue em maio do ano que vem), e obras de acessibilidade e logística.

Até o Mundial de 2014, finalizadas as obras em andamento, o aeroporto terá capacidade para 14 milhões de passageiros. "Somos um aeroporto de apoio à Copa do Mundo, já que Campinas é uma das cidades-sedes. (...) As projeções [de movimentação de passageiros] indicam que teremos em torno de 12 milhões para 2014", disse ele, referindo-se à estimativa de passageiros/ano prevista para o ano em que será realizado no Brasil o principal evento da Fifa.

No decorrer do contrato de 30 anos de concessão, firmado em junho do ano passado, Kuster afirma que serão investidos mais de R$ 9 bilhões. Até o momento, já foram gastos cerca de R$ 400 milhões, dos quais R$ 70 milhões na construção do novo terminal. "Será o maior aeroporto da América Latina", disse.

Hegemonia paulista

Os dados do IBGE também mostram que, no índice entre os pares de ligação, São Paulo aparece nas seis primeiras colocações com trechos até Rio de Janeiro, Brasília, Porto Alegre, Salvador, Belo Horizonte e Curitiba.

A ligação das seis metrópoles mais populosas do país com São Paulo foi responsável por cerca de 25% do total de passageiros transportados (mais de 18 milhões de pessoas). Além disso, outras conexões aparecem com destaque no ranking, tais como São Paulo-Recife (8º), São Paulo-Florianópolis (9º) e São Paulo-Fortaleza (12º).

Por esse motivo, no que diz respeito à movimentação aérea, São Paulo é a única capital brasileira classificada como "grande metrópole nacional" de acordo com os critérios adotados pelo IBGE para a definição de uma hierarquia urbana. Rio de Janeiro e Brasília são classificadas como "metrópoles nacionais".

Movimento aéreo de passageiros

  • Reprodução/IBGE

Ainda segundo o estudo "Ligações Aéreas", dos 877 pares de ligação --perfazendo um total de quase 72 milhões de pessoas transportadas--, praticamente 50% do tráfego estão concentrados em somente 24 conexões origem-destino entre cidades.

Preço e tempo

O estudo do IBGE também indica que os aeroportos de Belo Horizonte (Confins e Pampulha) possuem o melhor custo médio em relação a viagens domésticas: R$ 186,23.

O valor é cerca de 12% mais barato do que na cidade de São Paulo (Congonhas e Guarulhos), segunda colocada no ranking, onde o custo médio é de R$ 209,24. Na sequência, aparecem Rio de Janeiro (R$ 209,32), Salvador (R$ 210,73), Brasília (R$ 213,05), Goiânia (R$ 236,27) e Campinas (R$ 253,48).

Já em relação ao tempo médio das viagens, os pesquisadores do IBGE descobriram que os voos mais rápidos saem do Aeroporto Internacional de Brasília. Em média, os passageiros perdem 8% do dia (considerando um período de 24 horas) em trajetos para outras cidades brasileiras.

São Paulo também figura na segunda colocação do ranking, com apenas um ponto percentual a mais, mesmo índice constatado nos aeroportos Galeão e Santos Dumont, no Rio de Janeiro, e Confins e Pampulha, em Belo Horizonte.

Por outro lado, a cidade brasileira com a pior colocação no ranking do tempo médio das viagens é Tabatinga, no Amazonas, onde os passageiros perdem 77%, em média.

O município amazonense também tem o custo médio mais alto em relação a voos domésticos: R$ 1.368,26. Três cidades sulistas também se destacam negativamente: Pelotas (R$ 1.240,43) e Rio Grande (R$ 1.240,43), no Rio Grande do Sul, e Joaçaba (R$ 1.268,04), em Santa Catarina.