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'Civita consolidou editora Abril como uma referência', diz Dilma

Do UOL, em São Paulo

27/05/2013 13h49Atualizada em 27/05/2013 21h06

A presidente Dilma Rousseff lamentou nesta segunda-feira (27) a morte de Roberto Civita, presidente do Conselho de Administração do Grupo Abril e criador da revista ‘Veja’, aos 76 anos. O empresário estava internado há três meses no Hospital Sírio-Libanês para correção de um aneurisma abdominal. Ele morreu às 21h41 de ontem (26) devido à falência múltipla de órgãos.

“Lamento a morte do empresário Roberto Civita. Sob o seu comando, a Editora Abril, consolidou-se como uma referência. Neste momento de tristeza, envio meu abraço solidário para sua mulher, Maria Antônia, seus filhos e amigos”, disse Dilma em nota de pesar.

O corpo de Civita está sendo velado, desde as 11h, no Cemitério e Crematório Horto da Paz, em Itapecerica da Serra (SP). O empresário assumiu o Grupo Abril nos anos de 1990, com a morte do pai Victor Civita. Nascido em Milão, na Itália, ele morou em Nova York, nos Estados Unidos, de 1939 a 1949. Em seguida mudou-se para São Paulo. Depois de interromper o curso de física nuclear na Universidade Rice, no Texas, fez jornalismo e economia na Universidade da Pensilvânia.

Veja outras notas de pesar divulgadas hoje

Luiz Frias, presidente do Grupo Folha/UOL, afirmou no velório: "Roberto Civita foi a melhor e mais sofisticada combinação de empresário e editor que conheci".

Geraldo Alckmin, governador de São Paulo. “Roberto Civita era um homem de coragem e de vanguarda. Tinha amor pelo Brasil, obsessão pela verdade e crença inabalável na liberdade de imprensa. Deu uma contribuição inestimável à construção da democracia brasileira. Nossos sentimentos à família e aos amigos."

Luiz Carlos Trabuco Cappi, presidente do Bradesco. "Civita foi um vitorioso em múltiplos desafios. Como empresário e empreendedor, foi um entusiasta com o Brasil e seu potencial. Como editor, um apaixonado pelo conteúdo de suas publicações. Seus títulos são relevantes e influentes na economia, na política e no comportamento social. Mas também destaque na proposta de educar e de oferecer entretenimento."

Aécio Neves, senador (PSDB-MG). "Roberto Civita foi um dos mais extraordinários homens que conheci. Defensor intransigente da democracia, amava como poucos o Brasil. Roberto viveu e morreu sem perder a capacidade de sonhar. Seu sonho era ver o Brasil investindo na educação de qualidade para que pudéssemos construir um futuro melhor. O Brasil perde um idealista e eu perco um amigo querido. À Maria Antonia, filhos e netos minha mais sincera solidariedade."

José Serra, ex-governador de São Paulo. “Roberto Civita, criador da revista 'Veja', foi um notável jornalista e um interlocutor generoso para ouvir e também para expressar seus pontos de vista. Roberto Civita tinha coragem moral, ousadia empresarial e grande capacidade para o diálogo."

ACM Neto, prefeito de Salvador. "Mais do que um defensor inabalável da liberdade de imprensa, da apuração rigorosa das notícias e da livre iniciativa, Roberto Civita foi um empreendedor de sucesso. De suas ideias surgiram dezenas de revistas que modificaram o hábito de leitura dos brasileiros e incorporaram o jornalismo e o entretenimento às nossas vidas. Seu nome já está na história entre os grandes da comunicação no Brasil e no mundo. À Editora Abril, à família, aos colaboradores e colegas, a minha solidariedade."

Renan Calheiros, senador (PMDB-AL) e presidente do Congresso Nacional. "Roberto Civita foi um democrata por convicção e um empreendedor por natureza. Sua incessante busca pela liberdade de imprensa e compromissos com o Brasil tornaram a editora Abril, sob sua direção, em um dos maiores conglomerados de informação da América Latina."

José Sarney, senador (PMDB-MA). "Ele não só fazia jornalismo como amava a arte do jornalismo, noticiando, afirmando ideias e sendo transigente em suas convicções. Ele sabia o preço da liberdade. Ele era um devoto da iniciativa privada e também um grande defensor da revolução pela educação."

Aloysio Nunes Ferreira, senador (PSDB-SP). "Civita foi uma pessoa dinâmica, inovadora, inconformista, um homem de profunda inteligência e sempre muito inquieto."