Topo

Tarifa única de ônibus no Rio entra em vigor, e valor vai a R$ 2,95

Os ônibus urbanos com ar-condicionado deverão cobrar o mesmo valor pela passagem - Genilson Araújo/Agência O Globo
Os ônibus urbanos com ar-condicionado deverão cobrar o mesmo valor pela passagem Imagem: Genilson Araújo/Agência O Globo

Do UOL, no Rio

01/06/2013 00h01Atualizada em 01/06/2013 08h07

A tarifa de ônibus no Rio de Janeiro passou de R$ 2,75 para R$ 2,95, a partir da 0h01 deste sábado (1º), três dias depois de o prefeito Eduardo Paes (PMDB) publicar decreto no Diário Oficial do Município unificando o preço das passagens. Com isso, os ônibus urbanos refrigerados são obrigados a cobrar o mesmo valor em relação aos veículos que não possuem ar-condicionado.

Anteriormente, a tarifa desses veículos diferenciados variava de R$ 2,85 a R$ 5,40, de acordo com a empresa responsável pela linha. Com a instituição da tarifa única na cidade, apenas os ônibus rodoviários com ar-condicionado (frescões) terão tarifa diferenciada.

O reajuste, anunciado em outubro do ano passado, estava previsto para ultrapassar os R$ 3, o que poderia fazer do Rio o município com a tarifa de ônibus mais cara do Brasil. Em São Paulo, a passagem custa R$ 3 –o valor deve subir para R$ 3,20 no domingo (2).

Segundo os cálculos da prefeitura do Rio, a tarifa única deve beneficiar 5 milhões de passageiros que utilizam o transporte público com ar-condicionado. O decreto de Paes ainda anuncia que a Secretaria Municipal de Transportes pretende adotar o ar-condicionado em toda a frota de ônibus da capital.

De acordo com o contrato de concessão, o reajuste anual da tarifa deveria ter sido concedido em 1º de janeiro deste ano. No entanto, a Prefeitura do Rio decidiu adiar o aumento após solicitação do governo federal, que estava preocupado com o impacto do reajuste das passagens de ônibus na inflação no início do ano. A Prefeitura de São Paulo também adiou o aumento da tarifa dos ônibus municipais a pedido do governo federal.

O reajuste da tarifa foi calculado com base em índices da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cuja fórmula está prevista no contrato de concessão. O cálculo foi feito a partir da variação de preço dos itens que compõem a planilha tarifária, como insumos (pneus, combustível, etc.) e mão de obra. Além disso, foi considerada a unificação da tarifa dos ônibus urbanos com e sem ar-condicionado e a desoneração do PIS/CONFINS para operadores de transportes de passageiros, anunciada pelo governo federal. (Com Estadão Conteúdo)