Fora do tumulto, manifestantes cantam marchinhas e comem pipoca em Brasília
À parte do grupo que entrou em confronto com a Polícia Militar e invadiu o Palácio do Itamaraty, em Brasília, a maioria dos manifestantes continua a protestar em um clima pacífico.
Um grupo entrevistado pela reportagem do UOL cantava marchinhas de Carnaval no gramado do Congresso Nacional. Giulliane Martins, 23 anos, estudante e Jessi Kelly de Melo, 21 anos, também estudante, lamentam o vandalismo de parte dos ativistas. "Não viemos aqui para isso", disse Jessi.
A reportagem também encontrou pessoas fazendo rodas de capoeira próximo ao Ministério da Saúde.
Os confrontos já tiveram um efeito visível de diminuir o número de manifestantes, que, no auge, chegou a 30 mil pessoas. Agora, parte do gramado do Congresso já está esvaziada e há grupos de manifestantes dispersos.
O vandalismo fez com que o casal de namorados Leônidas e Layssa pensassem em ir embora.
"EÉ uma minoria que quer destruir o patrimônio e não representa a mobilização", diz Leônidas Fernandes, 28 anos, estudante
Os amigos Júlia siqueira, 21 anos, Caroline Mendes, 25, e Rafael Vieira, 23, criticaram o comportamento dos manifestantes mais exaltados, mas também reclamaram da atitude da polícia que, segundo eles, jogou bombas de gás lacrimogêneo mesmo em quem não participava do tumulto.
"A saúde está sucateada, a educação também, a corrupção correndo solta. É muito triste [o vandalismo] porque estigmatiza a manifestação [vândalos]. Não é assim que a gente está querendo melhorar o nosso país", disse Caroline enquanto comia pipoca em clima de tranquilidade.
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