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Motoristas de ônibus liberam rodoviária de Brasília após 4 horas de protesto

Da Agência Brasil, em Brasília

24/06/2013 18h39Atualizada em 25/06/2013 08h31

Após cerca de quatro horas e meia de paralisação, o grupo de rodoviários que protestava na capital federal, nesta segunda-feira (24), liberou os acessos à Rodoviária do Plano Piloto.

Mapa dos protestos

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Horas antes, passageiros haviam ateado fogo em dois ônibus e jogado pedras em outros 15 veículos na rodoviária, já que motoristas e cobradores de ônibus tinham fechado os acessos. Também houve quem depredasse lojas e equipamentos do terminal.

“A confusão toda se deu porque, uma vez parada a rodoviária, 300 mil, 400 mil pessoas não podiam ir para a casa. As pessoas se revoltam e toda esse quebra-quebra se deu por causa disso”, explicou o tenente-coronel da Polícia Militar, Maurício Gouveia. De acordo com ele, quatro pessoas foram presas por atirar pedras em ônibus, carros de polícia e PMs.

Por volta das 19h, começou a depredação. O batalhão de choque foi chamado e chegou a jogar bombas de gás lacrimogêneo e spray de pimenta nos manifestantes. De acordo com o sindicato dos rodoviários, quem teria incentivado os protestos seriam empresas que perderam uma licitação recente.

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Um grupo de motoristas e cobradores foi para o Palácio do Buriti, sede do Executivo local, para tentar uma negociação com o governo distrital. Os trabalhadores pedem mais transparência nas licitações, assim como a garantia dos empregos e a aposentadoria com 25 anos de trabalho para a carreira de motorista.

Motoristas e cobradores de ônibus fecharam nesta tarde todos os acessos à Rodoviária do Plano Piloto, no centro da capital federal. Pelos cálculos dos organizadores da mobilização, cerca de 600 rodoviários participam do protesto. A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), no entanto, estima a presença de 400 pessoas.

Os manifestantes fecharam o Eixo Monumental (uma das principais vias da área central de Brasília) nos dois sentidos, nas proximidades da rodoviária. Eles usam cerca de 50 ônibus para obstruir os acessos ao terminal, segundo a PM. Alguns veículos tiveram janelas quebradas por passageiros que não conseguem voltar para casa.

Os trabalhadores pedem mais transparência nas licitações, assim como a garantia dos empregos e a aposentadoria com 25 anos de trabalho para a carreira de motorista.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, 32 pessoas ficaram feridas após brigas. Um policial se feriu e foi levado para o hospital após receber uma pedrada na cabeça.

“Isso é reflexo do que está acontecendo no país inteiro, o povo está casado, não aguentamos mais ser o país da corrupção”, diz Valmir Avelar Correia, membro da comissão formada pelos rodoviários para representar a categoria.

Até o fechamento desta reportagem, rodoviários continuavam em negociação com o secretário de Transportes, José Walter Vazquez Filho, e o vice-governador do Distrito Federal, Tadeu Filippelli. (Com Agência Estado)