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Ciclovia de Pinheiros, fechada após protesto, não tem previsão para reabrir e atrapalha cicloativistas

Ciclovia do rio Pinheiros está fechada há 8 dias - Eduardo Knapp/Folhapress
Ciclovia do rio Pinheiros está fechada há 8 dias Imagem: Eduardo Knapp/Folhapress

Marivaldo Carvalho

Do UOL, em São Paulo

26/06/2013 19h00

A ciclovia do rio Pinheiros, que fica ao longo da linha 9-Esmeralda da CPTM --entre as estações Jurubatuba e Villa-Lobos/Jaguaré-- está fechada desde o último dia 18 para manutenção e reparos e não tem previsão para voltar a funcionar. Segundo a CPTM, a ciclovia foi depredada durante a manifestação realizada em São Paulo.

De acordo com a CPTM, equipamentos como gradis de proteção aos ciclistas, placas de sinalização e lixeiras foram arrancados e quebrados. Alguns objetos foram jogados na via e no rio Pinheiros. Os banheiros dos pontos de apoio das estações Santo Amaro, Vila Olímpia e Cidade Jardim também foram atingidos.

Os problemas, conforme informou a companhia, começaram às 16h40, quando um trem que trafegava sentido Grajaú apresentou uma falha na estação Morumbi. Os usuários não aguardaram o restabelecimento do sistema e acionaram o botão de emergência, descendo na via. Às 17h20, o trem foi removido, mas, como havia muitos usuários andando nos trilhos, a circulação de trens passou a ser feita com velocidade reduzida. Com os trens mais lentos e as estações mais lotadas, alguns usuários começaram a depredar as composições.

Falta de ciclovia atrapalha vida de moradores

A ciclovia do rio Pinheiros tem 21,2 quilômetros de extensão e cerca de 10 mil usuários por semana, de acordo com a CPTM.

Para o empresário Adriano Afonso, 35, que usava a ciclovia todos os dias para ir trabalhar e também para lazer está inconformado pelo fato de a CPTM não estipular um prazo para reabri-la.

"Moro em frente a estação Morumbi e trabalho na porta da estação Pinheiros e não tenho acesso da plataforma para acessar a ciclovia", afirma.

O designer Paulo Gustavo Dias Santiago, 34, usava a ciclovia para ir trabalhar. Ele pegava o metrô na estação Giovanni Gronchi e ia até a estação Santo Amaro, de lá pedalava até Pinheiros, onde trabalha.

"Fiquei sabendo do fechamento da ciclovia pelo segurança da estação. Ninguém avisou. Estava lá 'acesso fechado'. A CPTM diz que não tem previsão é um desrespeito", conta o designer.

"Estou usando o carro. Não queria fazer parte desse trânsito, mas infelizmente não tenho muito o que fazer", diz Santiago que ainda afirma que independente dos danos no local, sugere que a CPTM deveria mensurar a quantidade de danos e conseguir um prazo para a reabertura.