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Mais de 3 milhões de fiéis foram a missa em Copacabana neste domingo, diz Santa Sé

A missa de encerramento da Jornada Mundial da Juventude foi celebrada pelo papa Francisco - Reprodução
A missa de encerramento da Jornada Mundial da Juventude foi celebrada pelo papa Francisco Imagem: Reprodução

Do UOL, no Rio

28/07/2013 13h25

O porta-voz da Santa Sé, Frederico Lombardi, afirmou neste domingo (28) que mais de 3 milhões de fiéis, a maioria jovens brasileiros e latino-americanos, participaram da missa final da Jornada Mundial da Juventude  no Rio de Janeiro.

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Jovens de 170 países estão cidade para participar da 28ª Jornada, cuja missa de encerramento aconteceu na praia de Copacabana. Diante de uma multidão que lotou toda a praia, o papa Francisco disse aos jovens peregrinos que não tenham medo de evangelizar outros jovens e de levar sua fé para outros lugares. Ele afirmou que a evangelização é um dos caminhos para "derrubar as barreiras do egoísmo, da intolerância e do ódio" e incentivou os presentes a "construirem um novo mundo".

"Queridos jovens, regressando as suas casas, não tenham medo de ser generosos com Cristo, de testemunhar o seu Evangelho. (...) Levar o Evangelho é levar a força de Deus para extirpar e destruir o mal e a violência; para devastar e derrubar as barreiras do egoísmo, da intolerância e do ódio", afirmou Francisco.

Pedindo à juventude católica que siga no sentido de "construir um novo mundo", o pontífice disse que a Igreja precisa "do entusiasmo, da alegria e da criatividade" dos jovens. "Jesus Cristo conta com vocês, a Igreja conta com vocês, o papa conta com vocês", disse Francisco.

Já no início de sua mensagem, o papa disse aos presentes que "foi bom" participar do encontro com os jovens dos "quatro cantos da Terra", mas que agora essa juventude deve transmitir aos demais a experiência que teve no Rio de Janeiro.

Francisco dividiu sua homilia em três mensagens principais, definidas por ele como "três palavras". Na primeira delas, o papa falou sobre a importância de compartilhar a fé.

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"A experiência deste encontro não pode ficar trancafiada na vida de vocês ou no pequeno grupo da paróquia, do movimento, da comunidade de vocês. Seria como cortar o oxigênio a uma chama que arde. A fé é uma chama que se faz tanto mais viva quanto mais é partilhada, transmitida, para que todos possam conhecer, amar e professar que Jesus Cristo é o Senhor da vida e da história", pediu o papa.

A "segunda palavra" mencionou o medo de evangelizar, que deve ser combatido, de acordo com o papa, em conjunto. "Quando enfrentamos juntos os desafios, então somos fortes, descobrimos recursos que não sabíamos que tínhamos", falou o papa, que também convocou a Igreja a apoiar os jovens.

"Queria dar uma palavra também a vocês, queridos sacerdotes, que concelebram comigo essa eucaristia: vocês vieram acompanhando os seus jovens, e é uma coisa bela partilhar essa experiência de fé. Mas essa é uma etapa do caminho. Continuem acompanhando os jovens com generosidade e alegria, ajudem-lhes a se comprometer ativamente na Igreja; que eles nunca se sintam sozinhos".

A última etapa da mensagem foi dedicada ao "servir". Francisco pediu aos jovens que a vida de cada um "se identifique com a vida de Jesus", que seria uma "vida para os demais".

Agenda

No começo da tarde, o pontífice retornou de helicóptero para almoçar na Residência Assunção, no Sumaré, zona norte, onde está hospedado desde que chegou ao Rio de Janeiro na última segunda-feira (22).

Por volta das 16h, ele se encontra no local com a coordenação do Conselho Episcopal Latino-Americano e logo depois se despede da Residência Assunção.

Às 17h30, o papa Francisco participará de um encontro com cerca de 15 mil voluntários da Jornada Mundial da Juventude, no Riocentro, na zona oeste da cidade. O pontífice deve fazer um discurso aos jovens.

Após deixar o Riocentro, o papa segue em direção ao aeroporto internacional do Rio de Janeiro --Galeão/Antônio Carlos Jobim--, na zona norte, onde fará um discurso de despedida e embarcará rumo a Roma. (Com AFP)