Cães são feridos por espinhos após atacarem ouriços em Curitiba
Ao menos cinco cães sofreram ferimentos ao atacarem ouriços nos últimos dias no Umbará, extremo sul de Curitiba, informou a prefeitura de Curitiba. Ouriços são roedores com o corpo de até 25 centímetros de comprimento recoberto por espinhos, que se soltam com facilidade e funcionam como uma arma de defesa.
“O lugar onde ocorreram os acidentes com ouriços é região de mata, habitat do animal. Foram cinco casos no fim de semana, e agora temos mais um”, informou, nesta terça-feira (13), o diretor do Departamento de Pesquisa e Conservação de Fauna da prefeitura, Alexander Biondo. “Mas pode haver mais casos, pois alguns não chegam a nós, vão para clínicas veterinárias.”
Não se trata de algo extraordinário, disse a bióloga Tereza Cristina Castellano, chefe do Zoológico de Curitiba. “Esse tipo de acidente é comum, especialmente na região periférica, onde há área de mato e lavouras”, disse.
Só à noite
“Ouriços são animais de hábitos noturnos, então dificilmente são vistos durante o dia, quando ficam em cima de árvores, dormindo. À noite, saem para procurar comida, e é aí que cães tentam atacá-los”, disse a bióloga.
“Como os ouriços são lentos, acabam alcançados pelos cães. É aí que o acidente ocorre – o ouriço tem uma camada de pelos modificados, os espinhos, que se soltam facilmente e se enterram na boca do cachorro. Eles funcionam mais ou menos com a ponta de um anzol, com serras em sentido contrário que os fazem penetrar cada vez mais”, disse.
Apesar de extremamente dolorosos para o cão, os espinhos só causam a morte se não forem retirados. “Porque daí o animal não consegue comer”, explicou Tereza. Para a retirada dos espinhos, os cães precisam ser sedados, e o veterinário usa uma pinça ou até um alicate.
Os cinco cães feridos em Curitiba foram levados pela Guarda Municipal ao Centro de Zoonoses, onde foram tratados e passam bem.
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