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Protesto em SP deve travar trânsito e fazer bancos abrirem mais tarde

Marivaldo Carvalho

Do UOL, em São Paulo

29/08/2013 21h23

O Dia Nacional de Mobilização e Greve, organizado pelas centrais sindicais, nesta sexta-feira (30), deve causar transtorno no trânsito logo cedo em São Paulo. A Força Sindical promete bloquear a entrada de todas as 32 garagens de ônibus da cidade entre as 4h e as 7h. O Sindicato dos Motoristas e Cobradores de São Paulo não apoia o ato e deve estar presente nos terminais para trabalhar.

Segundo a SPTrans, empresa que gerencia ao transporte público na cidade, são realizados 9,8 milhões de embarques por dia. De acordo com a SPTrans, se for constatado que os horários de partidas dos ônibus estão sendo descumpridos, a ação será considerada infração grave, com multa que pode chegar a R$ 360 por hora.

"A ideia é parar todas as garagens", promete Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força. "Se não der, vamos parar a maioria", completa.

Haverá bloqueio, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, no terminal Sacomã, na zona sul; na ponte do Piqueri com a marginal Pinheiros, na zona oeste; na Radial Leste; no largo da Concórdia, na zona leste; na avenida Jacu-Pêssego, na zona leste; na avenida do Estado, na esquina com a praça Lions; e, na ponte do Socorro, na zona sul.

O sindicato também promete fechar as rodovias Raposo Tavares, Anchieta, Bandeirantes, Castello Branco e Dutra.

Por volta das 6h, haverá manifestação em frente à fábrica da General Motors, que fica na avenida General Motors (Taboão, em Mogi das Cruzes). No mesmo horário, deve haver protesto na porta da fábrica Engesig, na avenida Katsuji Kitaguchi, na Vila São Francisco, também em Mogi das Cruzes. 

Paulinho diz que estará às 4h com os manifestantes na porta da garagem da viação Campo Belo, na Estrada de Itapecerica, na Vila das Belezas, zona sul da capital. A viação Campo Belo atende a 497 mil usuários por dia, com frota de 504 veículos e com 66 linhas que operam em diversos pontos da cidade.

De lá, o presidente do sindicato seguirá para a fábrica de motores MWM, na avenida das Nações Unidas, em Santo Amaro, na zona sul, de onde sairá para a superintendência do INSS, no viaduto Santa Efigênia.

Agências bancárias em alguns pontos estratégicos da cidade vão abrir uma hora mais tarde, como na região central, nas avenidas João Dias e Faria Lima e em Osasco, na Grande São Paulo.

“Vamos para as ruas em defesa dos trabalhadores e na luta pelo fim do fator previdenciário. Também queremos mais investimentos em educação e em saúde e somos contra o Projeto de Lei 4.330, que trata da terceirização, reduz direitos trabalhistas garantidos em acordos e convenções coletivas, na CLT e na Constituição Federal”, diz Juvandia Moreira, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região.

Rumo ao Masp 

Os manifestantes vão ocupar a avenida Paulista, em frente ao vão livre do Masp,  por volta das 15h. Professores da rede estadual vão se concentrar na praça da República, a partir da 13h, e seguir em passeata para a avenida Paulista. Por isso os motoristas devem evitar a avenida Ipiranga e a rua da Consolação, que devem sofrer com os reflexos do congestionamento.

Já os professores da rede municipal vão se concentrar às 13h em frente à sede da prefeitura, que fica no viaduto do Chá, no centro, e também vão seguir em passeata até o vão livre do Masp.

Os metalúrgicos do ABC saem de ônibus às 11h e vão para a praça da República. De lá seguem em passeata até o Masp. Químicos, funcionários do setor da alimentação e da construção civil, além de rodoviários, comerciários, aeroviários e costureiras também participam da manifestação.

Vigília

Cerca de 200 aposentados estão desde as 18h de quinta-feira (29) em frente à superintendência do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), no viaduto Santa Ifigênia, na região central de São Paulo. Os aposentados pedem o fim do fator previdenciário e uma política de valorização das aposentadorias.

Confira os locais onde haverá manifestação nesta sexta-feira