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Polícia interroga namorado de mulher achada morta com filhos na Grande SP

Do UOL, em São Paulo

17/09/2013 14h22Atualizada em 17/09/2013 14h39

O namorado da auxiliar de enfermagem encontrada morta com seus quatro filhos em Ferraz de Vasconcelos, na Grande São Paulo, na noite desta segunda-feira (16), será interrogado pela polícia nesta terça-feira (17). Foi ele quem encontrou as vítimas. 

Os cinco corpos estavam dentro da casa onde a mulher e os filhos moravam, no Jardim São Miguel. Duas meninas, de 7 e 11 anos, foram achadas na sala; o irmão de 13 anos, em um dos quartos; uma adolescente de 17 anos estava no banheiro; e a mãe, a auxiliar de enfermagem Dina Vieira Lopes da Silva, 43, em outro quarto.

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O companheiro da auxiliar, o boliviano Alex Guinones Pedrazza, 33, será ouvido ainda hoje no DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa), que assumiu a investigação do caso registrado pela delegacia de homicídios de Mogi das Cruzes (SP).

O delegado Itagiba Franco, do DHPP, informou que o homem não é considerado suspeito pelas mortes. "Não podemos afirmar neste momento se ele tem envolvimento com as mortes. Só depois que ele for ouvido é que teremos condições de dizer algo", afirmou.

De acordo com a polícia, há contra o boliviano três queixas feitas pela auxiliar de enfermagem nos últimos cinco anos. 

À polícia, ele disse que passou o fim de semana com a família e voltou para casa onde mora, em São Paulo. Ele contou também que ligou diversas vezes para a mulher na segunda-feira, mas ninguém atendeu. À noite, foi ao apartamento, que estava trancado. O boliviano falou ainda que pediu ajuda aos vizinhos ao notar duas crianças caídas na sala.

"Somente o trabalho da perícia poderá indicar o que aconteceu", disse mais cedo o delegado Eduardo Boigues, da delegacia seccional de Mogi das Cruzes, em entrevista à rádio CBN. Os corpos vão passar por exames para determinar a causa da morte.

Outros casos de famílias mortas

Outros três casos de famílias encontradas mortas foram registrados na Grande São Paulo em pouco mais de um mês. O de maior repercussão aconteceu no começo de agosto. Cinco pessoas da mesma família foram achadas mortas na Vila Brasilândia, zona norte de São Paulo. O adolescente Marcelo Pesseghini, 13, é apontado como responsável pelas mortes dos seus pais, o sargento da Rota (tropa de elite da Polícia Militar) Luís Marcelo Pesseghini, e a cabo da PM Andréia Bovo Pesseghini, além da avó Benedita Bovo, 65, e a tia-avó Bernadete Bovo, 55.

A polícia defende a tese de que Marcelo matou os parentes na madrugada de domingo (4) para segunda-feira (5), foi à escola e, ao voltar para casa, cometeu suicídio.

No dia 7 deste mês, a polícia encontrou corpos de quatro pessoas de uma pessoa família em Cotia (SP). A suspeita é que o cabeleireiro Claudinei Pedrotti Júnior, 39, tenha matado a mulher de 26 anos e seus dois filhos, de 7 e 2 anos.

No último sábado (14), Mary Vieira Knorr, 53, foi presa e autuada em flagrante depois de, segundo a polícia, confessar ter matado as filhas Paola Knorr Victorazzo, 13, e Giovanna Knorr Victorazzo, 14, no Butantã, zona oeste da capital paulista.

Os corpos das adolescentes foram achados em um beliche em um dos quartos da casa onde moravam com a mãe. A corretora estava agonizando na sala da casa. Segundo a polícia, ela tentou suicídio.

Onda de crimes no Estado de São Paulo
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