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SuperVia será multada por falhas em atendimento após descarrilamento de trem no Rio

Do UOL, no Rio

22/01/2014 12h24Atualizada em 22/01/2014 16h54

A Agetransp (Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes Aquaviários, Ferroviários e Metroviários e de Rodovias do Estado do Rio de Janeiro) divulgou uma nota no fim da manhã desta quarta-feira (22) afirmando que irá multar a concessionária SuperVia por falhas detectadas no plano de contingência, na comunicação e no atendimento aos usuários do sistema ferroviário do Rio de Janeiro após o descarrilamento de um trem em São Cristóvão, na zona norte da cidade. O valor da multa ainda não foi definido.

Por volta das 5h15 de hoje, um trem que seguia da Central do Brasil para Saracuruna, na Baixada Fluminense, descarrilou quando chegava a São Cristóvão. Com o descarrilamento, a estrutura que sustenta os cabos da rede aérea foi danificada e interrompeu o fornecimento de energia no trecho entre as estações Mangueira e Central do Brasil, afetando a circulação de trens no local.

A SuperVia informou que a circulação dos ramais Saracuruna e Belford Roxo foi normalizada às 16h, e que os trens estão saindo a cada 15 minutos da estação Central do Brasil, no centro do Rio de Janeiro. A volta da circulação acontece quase 11 horas após o descarrilamento. 

Muitos usuários reclamaram da falta de informações sobre a interrupção das viagens e da demora para o reembolso dos bilhetes comprados

Peritos da Agetransp estão investigando as causas do acidente. Segundo a agência, o resultado da investigação irá determinar se a SuperVia receberá uma segunda multa, dessa vez devido à ocorrência do descarrilamento. 

Com investimentos de R$ 3,3 bilhões até 2020, compartilhados com o governo do Rio, a SuperVia, controlada pela Odebrecht TransPort, já enfrenta problemas técnicos há algum tempo. De janeiro a setembro do ano passado, incidentes relacionados sobretudo a panes mecânicas e problemas na rede aérea levaram a Agetransp a multar a SuperVia em R$ 281,5 mil e abrir 66 boletins de ocorrência.


Desde o começo da concessão, em 1998, até setembro do ano passado, as multas somaram R$ 5,1 milhões. Até setembro de 2013, a concessionária já tinha pago R$ 1,9 milhão em multas, mas mantinha R$ 2,6 milhões na dívida ativa do Estado. (Com Valor Econômico)