Descarrilamento prejudica circulação de trens no Rio
Um trem descarrilou no começo da manhã desta quarta-feira (22) na zona norte do Rio de Janeiro. O incidente prejudica a circulação de trens na cidade. Não há informações sobre feridos.
Segundo a SuperVia, responsável pelos trens da região metropolitana do Rio, por volta das 5h15 de hoje, um trem que seguia da Central do Brasil para Saracuruna, na Baixada Fluminense, descarrilou quando chegava à estação São Cristóvão. Com o descarrilamento, a estrutura que sustenta os cabos da rede aérea foi danificada e interrompeu o fornecimento de energia no trecho entre as estações Mangueira e Central do Brasil, afetando a circulação de trens no local. Até o momento, nenhum trem chega ou sai da estação Central do Brasil.
VOCÊ SE LEMBRA?
Funcionários da Supervia usam cordão de crachá para "chicotear" passageiros
A SuperVia afirma que a circulação nos ramais Saracuruna e Belford Roxo ocorre entre as estações terminais e a estação Triagem e os trens dos ramais Deodoro, Japeri e Santa Cruz circulam destas estações até a estação Engenho de Dentro.
Técnicos da Agetransp (Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes Aquaviários, Ferroviários e Metroviários e de Rodovias do Estado do Rio de Janeiro) foram enviados ao local para investigar o incidente e acompanhar o atendimento aos usuários do sistema.
A Secretaria Municipal de Transportes do Rio de Janeiro montou uma operação de emergência para levar os passageiros que chegam às estações São Francisco Xavier e Triagem em direção ao centro da cidade. Aqueles que descem em São Francisco Xavier devem pegar os ônibus das linhas 455 e 474 e passageiros de Triagem devem usar os coletivos das linhas 460, 462 e 463 para chegar à região central do Rio.
O secretário municipal de Transportes, Carlos Osório, aconselhou os moradores do Rio que evitem ir ao centro da cidade nesta quarta-feira (22), devido às complicações no transporte.
Passageiros revoltados xingaram o secretário estadual de Transportes, Júlio Lopes, que também esteve no local. Ameaçado de agressão, Lopes teve que ser protegido por seguranças. Ele disse, em entrevista à "Globonews", que não há previsão de o sistema ferroviário ser restabelecido.
Segundo a Supervia, técnicos foram acionados e estão no local para resolver o problema. Não há previsão para a normalização da operação.
Tumultos
Usuários do sistema ferroviário do Rio de Janeiro reclamaram da falta de informações sobre a circulação de trens na manhã desta quarta-feira (22), que foi interrompida após o descarrilamento de um trem na zona norte da cidade.
"Cheguei em São Cristóvão e ninguém passou informação nem reembolsou minha passagem, agora não tenho dinheiro para voltar", disse ao canal "Globonews" um passageiro que tentava ir para Botafogo.
Em entrevista à agência Brasil, a universitária Yasmim Secron, de 24 anos, conta que pegou o trem na Estação Inhoaíba, às 7h20m, mas desistiu de seguir ao saber que não chegaria até a Central. "O trem encostou na plataforma normalmente e, só quando fechou as portas, depois de todos entrarem, o maquinista anunciou que pararia em Engenho de Dentro. Então, decidi descer em Campo Grande [duas estações depois] porque imaginei a confusão que estaria. Quando eu desci, a estação estava lotada!", conta ela, que tentou recorrer aos ônibus, mas encontrou grandes filas no bairro.
Às 9h20, quando respondeu à "Agência Brasil", Yasmin ainda não tinha conseguido chegar ao trabalho, onde deveria ter entrado às 9h. Estava presa em um engarrafamento na avenida Brasil.
Por conta da interrupção na circulação de trens, o consórcio iniciou a distribuição de vales aos passageiros que já haviam comprado bilhetes ou a devolução do dinheiro da passagem.
O MetroRio informa que, por conta do incidente, a concessionária reforçou a bilheteria na Linha 2 e disponibiliza trens extras no sistema. Por conta do grande número de pessoas, o metrô está controlando o fluxo de passageiros nas estações de Triagem e Pavuna.
Em 2013, a Agetransp (Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes Aquaviários, Ferroviários e Metroviários e de Rodovias do Estado do Rio de Janeiro) aplicou cerca de R$ 355 mil em multas à SuperVia, concessionária responsável pela administração do sistema.
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