PMs presos em Campinas negam envolvimento em chacina
Os cinco policiais militares presos suspeitos de envolvimento com os 12 assassinatos em série ocorridos em uma mesma região de Campinas (93km de São Paulo) há 17 dias negaram participação nos crimes em seus depoimentos à Polícia Civil, na madrugada desta quinta-feira (30).
Os cinco policiais estariam envolvidos em um plano de execução de criminosos na região do Ouro Verde, nos dias 12 e 13, em resposta ao assassinato de um PM durante uma tentativa de assalto em um posto de combustível horas antes na mesma área.
Quatro dos cinco presos são do 47º Batalhão de Campinas, mesma unidade onde trabalhava o policial Arides Luís dos Santos, de 44 anos, morto pelos assaltantes. Eles foram ouvidos durante a madrugada e levados pela Corregedoria da PM para o presídio da corporação, na capital, o Romão Gomes.
Apesar das negativas, a força-tarefa da Polícia Civil e do Ministério Público montada para apurar o caso tem elementos que colocam os suspeitos nos locais dos crimes. Todos estavam de folga naquela madrugada. Uma moto supostamente usada nas chacinas foi encontrada e pelo menos duas armas de mesmo calibre usada nos crimes, durante as buscas nas casas dos policiais.
As prisões são temporárias e foram obtidas com base no assassinato de uma das 12 vítimas. Uma testemunha, que estava escondida e presenciou a execução de Joab das Neves, de 17 anos, reconheceu o policial autor do disparo na cabeça do jovem.
Na tarde desta quinta o secretário estadual de Segurança Pública, Fernando Grella Vieira, dará entrevista à imprensa para falar sobre as prisões na Delegacia Seccional de Campinas.
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