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Justiça decreta prisão preventiva de envolvidos na morte de cinegrafista

Do UOL, no Rio*

20/02/2014 19h13Atualizada em 20/02/2014 20h06

O 3º Tribunal do Júri da Capital do TJ-RJ do Estado do Rio recebeu denúncia contra Fábio Raposo Barbosa e Caio Silva de Souza, envolvidos na morte do cinegrafista Santiago Andrade, da TV Bandeirantes. A vítima foi atingida por um rojão durante uma manifestação no centro do Rio.

A decisão também converteu a prisão temporária dos suspeitos em prisão preventiva, que não tem prazo definido.

Assim, eles deverão continuar detidos até o julgamento do caso. Fábio e Caio vão responder por crimes de explosão e homicídio doloso triplamente qualificado, ou seja, quando há motivo torpe, com impossibilidade de defesa da vítima e emprego de explosivo.

O advogado dos acusados, Jonas Tadeu Nunes, disse que só vai se pronunciar depois que tiver acesso à decisão.

Na última quarta-feira (19), o criminalista Wallace Martins, auxiliar de Nunes, disse que pretendia ingressar com pedido de habeas-corpus caso a Justiça decretasse a prisão preventiva de seus clientes. Ele vai defender a tese de que os dois foram negligentes ao acender o rojão - mas que não tinham a intenção de matar.

Veja o momento em que o cinegrafista é atingido por bomba

Morte e prisões

Santiago Andrade foi atingido na cabeça pelo artefato explosivo no último dia 6, durante uma manifestação no Centro do Rio de Janeiro contra o aumento da passagem de ônibus na cidade --de R$ 2,75 para R$ 3. O cinegrafista teve morte cerebral decretada quatro dias depois e foi cremado na última quinta-feira (13).

O tatuador Fábio Raposo se apresentou à polícia dois dias depois de o cinegrafista ter sido atingido e disse ter entregado o rojão para outro manifestante. Ambos estavam mascarados. No dia 9, o tatuador foi preso, mediante mandado de prisão temporária. No dia seguinte, Caio foi identificado, com o auxílio de informações repassadas por Fábio ao advogado Jonas Tadeu. Ele foi preso em Feira de Santana, na Bahia.

Os dois estão em cadeias diferentes do Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, zona oeste do Rio.

(com Estadão Conteúdo)