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Não é greve, é motim, diz Paes sobre paralisação de garis

Do Estadão Conteúdo, no Rio

08/03/2014 13h31

O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), disse, em entrevista à TV Globo, que a paralisação dos garis da Comlurb (Companhia Municipal de Limpeza Urbana), iniciada há uma semana, é um motim com motivação política. Ele lembrou que um dos líderes do movimento, Célio Viana, é filiado ao PR e já foi candidato a vereador.

"A gente não tem uma greve na cidade, tem um motim que coage e intimida os garis que querem trabalhar. Imaginar que você tenha que colocar um carro da polícia para deixar o gari trabalhar. Isso mostra que isso não é coisa de gari. É um grupo de marginais coagindo quem quer trabalhar, num processo de guerrilha", disse Paes.

Segundo ele, no Carnaval pessoas passaram em motos sem placa para ameaçar trabalhadores e furar pneus de carros da Comlurb. "Esse rapaz (Viana) foi candidato a vereador e teve 300 votos, foi candidato no sindicato e perdeu", apontou Paes, em referência à divergência entre os trabalhadores e o sindicato que os representa.

Ele garantiu também que a Comlurb vai se manter uma empresa pública --ao contrário do que ocorre em outros municípios, que privatizaram o serviço de limpeza.

Apesar de o prefeito ter lembrado apenas a vinculação de um dos líderes da greve com o oposicionista PR, há sindicalistas filiados a outros partidos, inclusive da base de Paes. O tesoureiro do sindicato da categoria, Manoel Martins Meireles, é do PTB e, em 2012, fez campanha para vereador ao lado do prefeito, mas não foi eleito. O sindicato está em conflito com o movimento grevista, que o acusa de defender os interesses da Comlurb e não dos garis.