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Tiros foram causa da morte de mulher arrastada pela PM, aponta IML

Jacyara Pianes

Do UOL, no Rio

18/03/2014 17h51

A causa da morte da auxiliar de serviços gerais Cláudia Silva Ferreira, no último domingo (16), foi um tiro levado durante operação da PM no Morro da Congonha, na zona norte do Rio. Essa é a conclusão do laudo do IML (Instituto Médico Legal), que ainda realizará perícias complementares.

Polícia ouve PMs acusados por morte de mulher

Segundo a Polícia Civil, consta no documento de óbito que a causa foi uma “laceração cardíaca e pulmonar de ferimento transfixante do tórax por ação perfurocortante”.

Após ser baleada, Claúdia foi colocada em um carro da PM para ser levada ao hospital Carlos Chagas. No trajeto, seu corpo caiu do veículo e foi arrastado por pelo menos 350 metros.

De acordo com a filha da vítima Thaís Lima, Cláudia teria sido alvo duas vezes de armas de fogo. "Foi só virar a esquina e ela deu de frente com eles. Eles [os policiais] deram dois tiros nela, um no peito, que atravessou, e o outro, não sei se foi na cabeça ou no pescoço, que falaram. E caiu no chão.”, disse ,em entrevista à "TV Globo".

Segundo a filha da vítima, "quando a socorreram, ela não tinha nada na perna, mas quando chegou ao hospital sua perna direita estava em carne viva", disseram seus parentes. A vítima já chegou morta ao hospital.

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Policiais envolvidos

Por determinação da Polícia Militar, os três policiais responsáveis pelo socorro estão presos.

Os subtenentes Adir Serrano Machado e Rodney Miguel Archanjo, e o sargento Alex Sandro da Silva Alves, foram presos em flagrante e serão investigados por meio de um IPM (Inquérito Policial Militar), que tem prazo de 30 dias para ser finalizado, mas pode ser prorrogado. Eles estão em Bangu 8.

A PM informou, por meio de nota, que "este tipo de conduta não condiz com um dos principais valores da corporação, que é a preservação da vida e dignidade humana”.

Na ação policial na comunidade da Congonha, um homem também morreu. Segundo a polícia, ele foi baleado quando atirou contra policiais.