Após ataques, 3,9 mil alunos ficam sem aula e favela continua sem luz no RJ
Quatro escolas municipais, duas creches e um EDI (Espaço de Desenvolvimento Infantil) estão sem atendimento nesta sexta-feira (21) na região da favela de Manguinhos, na zona norte do Rio de Janeiro, por conta dos ataques que a UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) da comunidade sofreu na noite de quinta (20).
Segundo a Secretaria Municipal de Educação, as unidades atendem 3.993 alunos, e o conteúdo perdido será reposto. Parte da comunidade segue com o fornecimento de energia interrompido após criminosos atearem fogo na base da UPP.
Técnicos da Light trabalham para reparar todos os danos à rede elétrica causados pelo conflito, realizar os reparos necessários e restabelecer gradativamente o fornecimento de energia. Um primeiro trecho da comunidade já foi normalizado.
Um helicóptero blindado da polícia sobrevoa a região que também teve o comandante da UPP, capitão Gabriel Toledo, baleado em ataque de traficantes. Ele segue internado em observação no Hospital Central da Polícia.
Ajuda federal
O governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), anunciou que vai solicitar o envio de tropas federais ao Estado após três UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) sofrerem os ataques. Além de Manguinhos, foram atacadas também as UPPs Camarista-Méier e do Alemão. Cabral se reuniu com o gabinete de crise e ligou para Dilma por volta das 23h da quinta.
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"Estou indo nesta sexta, às 11h, a Brasília me encontrar com a presidente Dilma Rousseff e os ministros das pastas afins para pedir ajuda", disse o governo em nota. Também acompanham ele o vice-governador, Luiz Fernando Pezão (PMDB), o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, e representantes das polícias civil e militar. Cabral não adiantou que tropas e para quais comunidades vai solicitar o auxílio.
Beltrame disse que "o nosso plano de resposta é todo o Batalhão de Operações Policiais Especiais, a Coordenadoria de Recursos Especiais, o Choque, os batalhões da área e a Polícia Civil. Estamos todos de prontidão, com folgas diminuídas, ocupando espaços na cidade para evitar que haja qualquer tipo de ameaça ao cidadão carioca. Nós estamos com força total nas ruas do Rio".
Capitão é segundo oficial baleado no mês
Ataques de criminosos a policiais e sedes de UPPs têm se tornado cada vez mais frequentes. Toledo foi o segundo oficial de UPP baleado neste mês. No dia 13, o subcomandante da UPP da Vila Cruzeiro, Leidson Alves, de 27 anos, morreu baleado na testa, no Parque Proletário, na Penha (zona norte). Desde que as UPPs começaram a ser implantadas, em 2008, 11 policiais que atuavam nessas unidades foram mortos.
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