Rio teve 15 PMs assassinados em 2014; sete morreram em confronto
Levantamento da Polícia Militar com base nos registros de PMs mortos entre 1º de janeiro e 18 de março deste ano aponta que pelo menos 14 já foram assassinados em 2014. De acordo com o balanço parcial, seis policiais foram mortos em confrontos e oito por causa da atividade policial --eles foram reconhecidos por criminosos ou reagiram a assaltos, por exemplo. Na madrugada deste sábado (22), mais um sargento foi morto durante uma perseguição policial com troca de tiros, subindo o número total para 15.
O número já iguala o total de assassinatos de policiais militares em de 2013. Durante todo o ano, foram 15 PMs mortos –11 em confronto e quatro em circunstâncias diversas.
Na quinta-feira (20), o comandante da UPP Manguinhos, na zona norte, o capitão Gabriel de Toledo, comandante da UPP, foi baleado na coxa direita. Ele não corre risco de morte, mas, ainda de acordo com o levantamento da PM, pelo menos quatro policiais lotados em UPP foram mortos neste ano.
O número divulgado pela PM, no entanto, diverge do balanço anual do ISP (Instituto de Segurança Pública), órgão da Secretaria de Segurança Pública que divulga dados oficiais da violência no Estado): de acordo com o instituto, foram 16 PMs mortos apenas em confronto armado no ano passado. Não há ainda dados sobre os primeiros meses de 2014.
Tanto a PM quanto o ISP foram confrontados com os dados, mas não souberam explicar a origem da divergência nos números.
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Pelo menos três sedes de UPPs foram atacadas na quinta. Em Manguinhos, um soldado também foi ferido por uma pedrada. Criminosos atacaram dois carros da PM e o contêiner onde funcionava a UPP, ateando fogo a eles. O incêndio atingiu a rede elétrica e deixou sem aulas e sem eletricidade parte do conjunto de favelas, composto por 13 comunidades.
A UPP Camarista-Méier, situada no complexo de favelas de Lins de Vasconcelos, foi atingida a tiros por bandidos, mas ninguém foi atingido. Na UPP do Alemão, policiais foram surpreendidos por bandidos e houve tiroteio. Dois suspeitos foram baleados.
A escalada dos ataques às favelas com UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) no Rio nos últimos dias chegou a tal ponto que o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), viajou a Brasília na sexta-feira (21) para pedir o envio de tropas federais ao Estado. Para ele, há uma ação coordenada das organizações criminosas, em uma tentativa de desmoralizar o governo.
"Desde janeiro, esses ataques passam a ser mais intensos e, de fato, a coordenação e a determinação foram detectadas e [uma] ação orquestrada se viu ontem no Rio de Janeiro de maneira clara e contundente", afirmou o governador após o encontro, no qual Dilma colocou à disposição do Rio homens da Força Nacional e das Forças Armadas.
Os detalhes do auxílio federal, no entanto, deverão ser definidos somente na próxima segunda-feira (24), quando Cabral receberá no Rio o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e o chefe do Estado Maior das Forças Armadas, general De Nardi.
Autos de resistência
Apesar do aumento visível de mortes de policiais militares, ainda é gritante a diferença se comparados os números com o de mortos em confronto com a PM (chamados tecnicamente de autos de resistência) --em 2013, foram 416 no Estado. Houve uma diminuição pouco significativa para dados estatísticos com relação a 2012: três mortes a menos.
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