Com greve mantida, Metrô-SP volta a adotar 'plano B' nesta 6ª
Com a manutenção da greve dos metroviários nesta sexta-feira (6), o Metrô-SP decidiu que voltará a colocar em prática um plano de contingência para atender a população. A medida será adotada caso os grevistas não acatem a determinação da Justiça do Trabalho de manter ao menos 70% do pessoal no trabalho ao longo do dia e 100% nos horários de pico.
Na assembleia na noite de ontem (5), em que se aprovou a continuidade da greve, os metroviários não concordaram em acatar os percentuais determinados pela Justiça. O Metrô, no entanto, não informou quais estações irão abrir com o plano de contingência e admite que a operação será reduzida.
Ontem, 37 das 62 estações que integram a rede metroviária chegaram a abrir. Às 4h40, quando começa a operação comercial, somente as linhas 4-Amarela --que não é afetada pela greve por ser administrada por um grupo privado-- e 5-Lilás funcionaram normalmente.
Nas demais linhas, as estações foram sendo progressivamente abertas ao longo do dia, até chegar ao número de 37 à tarde. O Metrô encerrou o funcionamento às 23h, quando em dias normais termina depois de 0h.
O plano de contingência consiste em remanejar gerentes e supervisores, além de pessoal administrativo, para atividades operacionais, como a condução de trens e a venda de bilhetes. O Sindicato dos Metroviários critica a medida, com o argumento de que o remanejamento coloca em risco os usuários, pois, segundo os sindicalistas, funcionários de outras áreas não estão preparados para atuar na operação comercial.
O Metrô nega que haja risco."Trata-se de um grupo que está preparado para atuar nesses momentos. Quem opera os trens são pessoas qualificadas, que trabalham na área de operação, ex-operadores, instrutores, monitores, pessoas que dão treinamento e que lidam com a operação”, informa a companhia, em nota.
Na assembleia de ontem, os metroviários aprovaram uma proposta alternativa à greve: a liberação de catracas. A categoria também aceitou que o ponto desta sexta-feira fosse cortado para compensar a liberação. O Metrô, no entanto, não aceitou a proposta por considerá-la ilegal e pelos prejuízos que a falta de cobrança poderia trazer.
A CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) também vai aumentar a frota de trens para compensar a paralisação no Metrô. A estação Corinthians-Itaquera, no entanto, permanecerá fechada.
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