No 3º dia de greve, metrô de SP terá esquema especial até as 23h
No terceiro dia de greve, o Metrô de São Paulo informou que vai operar parcialmente até as 23h desde sábado (7), repetindo o que acontece ontem. Em assembleia realizada no final da tarde, o sindicato dos metroviários de São Paulo decidiu manter a greve.
Desde cedo, as linhas do metrô da cidade operam parcialmente priorizando a região central, com 28 das 65 estações em funcionamento.
A linha 1-azul opera no trecho entre as estações Ana Rosa e Luz; já a linha 2-verde funciona entre as estações Ana Rosa e Clínicas e a linha 3-vermelha tem abertas as estações entre o trecho Bresser-Mooca e Marechal Deodoro, que foi aberta por volta de 11h30. Todas as linhas iniciaram as atividades neste sábado às 6h25 e a previsão é que a circulação dos trens seja encerrada às 23h.
A linha 5-lilás funciona normalmente, assim como a linha 4-amarela, que é privada . Nesta última, houve mudança na operação de embarque e desembarque na estação Paulista a partir das 16h.
Os passageiros devem usar a mesma plataforma para embarque e desembarque tanto com destino ao Butantã como à Luz. Com a operação diferenciada, os trens circulam com intervalos maiores.
A alteração na operação é necessária para execução de obras na futura estação Fradique Coutinho, em Pinheiros.
A estação Ana Rosa, que atende as linhas 1-azul e 2-verde do metrô, amanheceu fechada e só começou a funcionar por volta de 8h50. Segundo a "Folha de S.Paulo", cerca de 60 grevistas impediram a abertura da estação às 5h, e a PM teve que intermediar o diálogo entre grevistas e os supervisores do Metrô, que assumiram as operações do trem durante a greve.
Ainda de acordo com a "Folha", grevistas tentaram impedir a saída de trens na estação Paraíso, segurando as portas dos vagões. Eles foram retirados do local pela Polícia Militar.
CPTM
A CPTM (Companhia Paulista dos Trens Metropolitanos) informou que irá aumentar o número de trens circulando em todas as linhas, como ocorreu nos últimos dois dias. Segundo a CPTM, os trens circularão com menor intervalo do que os dias normais.
A operação da linha 7-rubi (Luz-Francisco Morato) será estendida até a estação Brás. As integrações com o Metrô nas estações Palmeiras-Barra Funda, Brás, Tamanduateí, Santo Amaro, Tatuapé e Luz ficarão fechadas. Já a interligação com a linha 4-amarela, nas estações Pinheiros e Luz, funcionará normalmente.
Reivindicações
Enquanto os metroviários exigem 12,2%, o Metrô oferece 8,7%. Os sindicalistas aceitaram reduzir o percentual de 12,2%, com a condição de que o Metrô mudasse a forma de pagamento da PLR (Participação nos Lucros e Resultados). A categoria quer que a companhia pague a mesma parcela anual a todos os trabalhadores. Atualmente, há uma diferenciação do pagamento de acordo com cada função.
Em nota divulgada neste sábado, as centrais sindicais brasileiras declararam seu apoio à greve dos metroviários. "Registramos nossa solidariedade a luta dessa categoria e solicitamos que, partindo das reivindicações dos metroviários, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) negocie imediatamente e assim seja possível transpor o referido impasse", declararam as centrais.
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