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No Rio, família que perdeu voo por causa de protesto desiste de embarcar

Após perderem o voo, Érica Tavares, Francisco Pedro, Eliane Tavares e Bruno Melo (da esquerda para a direita) só viajarão para Recife na tarde de sábado (14) - Hanrrikson de Andrade/UOL
Após perderem o voo, Érica Tavares, Francisco Pedro, Eliane Tavares e Bruno Melo (da esquerda para a direita) só viajarão para Recife na tarde de sábado (14) Imagem: Hanrrikson de Andrade/UOL

Hanrrikson de Andrade

Do UOL, no Rio

12/06/2014 13h15

Foram três horas de espera no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, até que os niteroienses Érica Tavares e Bruno Melo desistissem de embarcar nesta quinta-feira (12) em direção a Recife, onde visitariam familiares e assistiriam ao jogo entre Brasil e Croácia, na abertura da Copa do Mundo.

Na companhia do filho, de apenas nove meses, e dos pais de Érica, Eliane Tavares e Francisco Pedro, o casal viajaria às 7h59 de hoje. Porém, por conta de uma manifestação de aeroviários --que provocou um intenso congestionamento na chegada ao aeroporto--, a família acabou chegando atrasada e perdendo o voo. No início da tarde, o sindicato dos aeroviários anunciou a suspensão da paralisação de 24 horas da categoria.

No guichê da companhia aérea, às 11h, foram informados de que o voo havia sido remarcado para a tarde de sábado (14). "Estamos muito revoltados com essa situação. Colocaram a gente em uma lista de espera, mas depois falaram que o voo só aconteceria no sábado. O problema todo é que nós estamos com um bebê aqui, vamos ter que voltar para casa e viajar no sábado mesmo", disse Érica.

Segundo Bruno Melo, a empresa informou que eles poderiam entrar em uma lista de espera para um voo hoje, às 15h, com escala em São Paulo, o mesmo que está sendo concorrido por vários outros passageiros prejudicados pela manifestação dos aeroviários. "Eles disseram que esse voo é incerto. Não temos garantia de que vamos conseguir. Então, vamos preferir viajar no sábado mesmo", declarou ele.

A família relatou ter saído de casa às 5h30 em direção ao Galeão. Na ponte Rio-Niterói, o tráfego era bom, mas na chegada à entrada da Ilha do Governador, ocorreu a surpresa degradável: um longo congestionamento provocado pelo protesto. "Nosso voo saiu às 7h59. Nós chegamos aqui 30 minutos antes, mesmo com todas as dificuldades, mas eles não quiseram abrir uma exceção para a gente", disse Érica. "O grande culpado disso tudo é o governo, que deixou que as coisas chegassem a esse ponto", queixou-se.

Já Leila Jordão viajaria na companhia do filho e de um casal de amigos holandeses para a Bahia, onde pretendem assistir ao jogo entre Holanda e Espanha, um dos mais aguardados na primeira fase da Copa do Mundo. "Cheguei dez minutos antes do embarque por causa desse trânsito caótico aqui no entorno do Galeão. A primeira informação que eu recebi é de que eu só poderia viajar amanhã, ao meio-dia. Fiquei desesperada", relatou.

Ao argumentar com os funcionários da companhia aérea, Leila foi informada de que ainda há uma possibilidade de viajar hoje, em um voo extra que sairia às 19h30. Mas ela vai ter que esperar a confirmação de acordo com a ordem da lista de espera. "Perdi até o gosto pela viagem e pela Copa do Mundo. Mas vou dormir no aeroporto se for preciso", declarou.