Doze ativistas detidos antes da final da Copa deixam o presídio no Rio

Doze dos 19 ativistas presos preventivamente pela polícia do Rio de Janeiro sob suspeita de planejar protestos no dia do encerramento da Copa do Mundo foram libertados na madrugada desta quinta-feira (17) do Complexo Penitenciário de Bangu, no Rio.

Deixaram o presídio Emerson Raphael Oliveira da Fonseca, Rafael Rêgo Barros Caruso, Filipe Proença de Carvalho Moraes, Felipe Frieb de Carvalho, Pedro Brandão Maia, Bruno de Souza, Vieira Machado, Gabriel da Silva Marinho, Gerusa Lopes Diniz, Karlayne Moraes da Silva Pinheiro, Eloysa Samy Santiago, Rebeca Martins de Souza e Joseane Maria Araújo de Freitas.

Ontem a Justiça prorrogou a prisão de cinco manifestantes: Elisa Quadros, conhecida como Sininho, Tiago Teixeira Neves da Rocha, Eduarda Oliveira Castro de Souza, Camila Aparecida Rodrigues Jourdan e Igor Pereira D'Icarahy.

Também na tarde de ontem, dois menores de 18 anos que haviam sido apreendidos na operação da polícia participaram de audiências na 1ª Vara da Infância e da Juventude e tiveram sua prisão relaxada. Eles serão liberados nos próximos dias. 

Os ativistas respondem por formação de grupo armado e por sua suposta participação em atos violentos. A Anistia Internacional e a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) condenaram as prisões, consideradas “sem fundamento jurídico e arbitrárias”.

As prisões

Os manifestantes foram presos no último sábado (12), um dia antes da final, em uma investigação que corre na DRCI (Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática), desde setembro do ano passado.

O juiz da 27ª Vara Criminal, Flávio Itabaiana, emitiu pedido de prisão temporária por cinco dias de 26 pessoas, com base nas investigações que apontavam havia indícios de formação de quadrilha armada pelo grupo e de que planejavam atos violentos na manifestação marcada para o dia da final do torneio.