Topo

Geólogo cria engenhoca em piscina para driblar seca de caixa d'água em SP

Piscina de 5.500 litros foi a alternativa do geólogo Maurício Ribeiro, 57, para armazenar mais água em casa - Arquivo pessoal
Piscina de 5.500 litros foi a alternativa do geólogo Maurício Ribeiro, 57, para armazenar mais água em casa Imagem: Arquivo pessoal

Camila Neumam

Do UOL, em São Paulo

03/02/2015 06h00

Comprar uma caixa d'água de 1.000 litros, ideal para uma família de até cinco pessoas, virou um desafio na capital paulista. Nas maiores lojas de construção da cidade, a compra está sendo feita somente por encomenda de no mínimo 30 dias, chegando até 60 dias de espera. A Sabesp (Companhia de Abastecimento do Estado de São Paulo) diminuiu a pressão nas tubulações em várias localidades por causa da falta de água no Sistema Cantareira, que abastece boa parte do Estado.

Para conseguir armazenar o máximo de água possível em casa, depois de ficar duas semanas com as torneiras secas, o geólogo Maurício Ribeiro, 57, morador do Butantã, na zona oeste, radicalizou. Ele tentou comprar uma caixa d'água de 1.000 litros para a sua casa e não encontrou nenhuma em várias lojas da cidade.

A alternativa foi estocar em baldes e caixas térmicas a água que caía da chuva e comprar uma piscina plástica de 5.500 litros. Para bombear a água da rua para a piscina, o geólogo criou uma engenhoca. Acoplou uma bomba na torneira de sua casa por onde chega a água da rua, e nela colocou uma mangueira grudada a um cano que chega até a piscina.

Após as 10h, ele abre a torneira da rua e observa a água que entra na piscina. Na última semana, conseguiu apenas 600 litros. “Pelo visto não vai encher tão rápido”, disse. O segundo passo é instalar uma outra bomba na piscina, que levará a água para uma das caixas d'água da casa.

“Não posso esperar tanto por uma caixa d'água porque agora falta água todos os dias em casa”, disse Ribeiro, sobre a alternativa. Ele diz que já tem duas caixas de 1.000 litros em sua residência.