Tráfico de drogas envolveria até desembargadores no Ceará, diz PF
A PF (Polícia Federal) está desarticulando uma quadrilha especializada em tráfico de drogas internacional, que usava o Ceará e o Rio Grande do Norte como saídas da América do Sul para levar entorpecentes que vinham da Bolívia para a Europa. Segundo a polícia, o esquema envolvia advogados, juiz e desembargadores na compra e venda de alvarás judiciais durante em plantões do Tribunal de Justiça do Ceará. O grupo expedia alvarás de soltura de traficantes presos no sistema prisional do Estado. A fraude foi descoberta durante a Operação Expresso 150, a qual identificou um juiz e um desembargador suspeitos do crime. Policiais estão no prédio do Tribunal de Justiça do Ceará cumprindo mandados de busca e apreensão.
A Operação Cardume, deflagrada nesta terça-feira (29), cumpre 101 mandados judiciais em oito Estados brasileiros. Além de CE e RN, há mandados em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul.
Cerca de 230 policiais federais participam da operação, que cumpre 15 mandados de prisão preventiva, 13 de prisão temporária, 22 de condução coercitiva e 51 de busca e apreensão, além de mandados de sequestro de bens móveis e imóveis, além do bloqueio de contas de pessoas físicas e jurídicas.
As investigações começaram em 2013 e desde então a polícia apreendeu uma tonelada de cocaína, 21 quilos de maconha, 300 kg de substâncias químicas usadas para refino de cocaína, R$ 500 mil e interditou dois laboratórios de crack no Brasil e um Portugal, com o auxílio da Divisão de Estupefacientes de Lisboa.
A polícia não divulgou ainda os nomes dos envolvidos e nem quem são as pessoas que já foram presas.
O UOL entrou em contato com o TJCE nesta manhã, mas ninguém se pronunciou sobre as acusações contra juiz e desembargadores.
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