Mais um corpo é encontrado em Minas Gerais; 7 já foram identificados
Mais um corpo, vítima do rompimento das barragens da Samarco em Minas Gerais, foi encontrado nesta sexta-feira (13). Ao todo, três corpos foram encontrados, mas ainda não identificados. Mais cedo, uma sétima vítima havia sido reconhecida. Enquanto não há reconhecimento do corpo, a morte não entra na lista oficial de vítimas.
Familiares reconheceram na tarde desta sexta-feira (13) o corpo de Marcos Aurélio Moura, funcionário da empresa Produquímica, prestadora de serviços da Samarco.
Outros quatro trabalhadores das barragens e duas crianças moradoras do subdistrito de Bento Rodrigues, onde aconteceu a tragédia, morreram.
De acordo com a prefeitura de Mariana (MG), 18 pessoas continuam desaparecidas.
Cento e quarenta bombeiros participam dos trabalhos de busca pelos desaparecidos, incluindo o reforço de equipes do Espírito Santo e de Santa Catarina. Eles contam com o apoio de cães farejadores. O trabalho está concentrado em Bento Rodrigues, no município de Barra Longa e na barragem do rio Doce.
A Samarco é controlada pela Vale e pela anglo-australiana BHP Billiton. O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) multou a mineradora em R$ 250 milhões.
De acordo com o Ibama, o volume de lama que extravasou das barragens foi estimado em 50 milhões de metros cúbicos, quantidade que encheria 20 mil piscinas olímpicas. A lama atingiu rios como o Doce, o que afeta o abastecimento de água em municípios do leste de Minas Gerais. Cidades do Espírito Santo também devem ser atingidas.
Os danos ambientais causados pela passagem da enxurrada de lama foram drásticos, devem se estender por ao menos duas décadas, e, mesmo assim, a restauração total é tida como impossível, segundo ambientalistas ouvidos pelo UOL.
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