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Empresário de 30 anos morre em acidente de ultraleve em Socorro (SP)

O empresário Rogério Bonetti Bernardi, 30 anos, morto após acidente com ultraleve em Socorro (SP) - Arquivo pessoal
O empresário Rogério Bonetti Bernardi, 30 anos, morto após acidente com ultraleve em Socorro (SP) Imagem: Arquivo pessoal

Fabiana Marchezi

Colaboração para o UOL, em Campinas (SP)

05/01/2016 18h16

O empresário Rogério Bonetti Bernardi, 30 anos, morreu na noite desta segunda (4) após a queda do ultraleve que pilotava em Socorro, interior de São Paulo.

Segundo o Corpo de Bombeiros de Bragança Paulista, que atende a região, o acidente aconteceu por volta das 20h30 às margens da Rodovia Otávio de Oliveira Santos (SP-147), que liga Socorro a Lindoia. O empresário morreu no local. O avião teria batido em uma árvore que fica perto do aeroporto da cidade, antes de cair. Uma parte da asa chegou a ocupar uma faixa da via.

“Nós recebemos o chamado dando conta de que a aeronave havia caído e que havia uma vítima presa às ferragens. Quatro equipes seguiram imediatamente ao local, mas quando chegaram constataram que ele havia morrido”, disse o subtenente Claudio Zago Junior.  
Investigações

O Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes), ligado à Aeronáutica, investiga as causas de um acidente com um ultraleve que em Socorro (a 138 quilômetros de São Paulo).

Militares do 4º Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos se deslocaram para o local do acidente nesta terça-feira (5), mas a apuração sobre os motivos do acidente não tem prazo para ser concluída.

Procurada, a Trike Ícaros, fabricante do equipamento, informou que a aeronave de prefixo PU-TRR, fabricada em janeiro de 2007, usava motor de carro de passeio para voar há mais de um ano e por isso não estava dentro das regulamentações de fábrica. “O motor original é o Rotax 912 UL – 80 HP, 4 tempos, mas o ultraleve usava o motor de um Fiat Fire”, disse Thatiane Favero, diretora comercial da Trike. Entretanto, segundo ela, a alteração do motor não é novidade no ramo. Com a alta do dólar, o motor original custa cerca de R$ 100 mil e as peças também são caras. Por isso os donos alteram a motorização.

Ainda conforme a empresa, o perfil experimental desse tipo de ultraleve permite alterações, que não são proibidas por lei, mas sempre com acompanhamento de um engenheiro. A diretora ressalta que essas modificações devem ser comunicadas à Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).

“No caso desse ultraleve, nós ficamos sabendo da modificação do motor e informamos à Anac”, comentou.

Procurada, a assessoria de imprensa da Anac não informou se o órgão tinha conhecimento da alteração do motor, tampouco se ele é permitido por lei. O órgão se limitou a informar que aguarda as investigações da Aeronáutica para se pronunciar, caso seja necessário. O Cenipa informou que as investigações só começaram e que ainda é cedo para qualquer tipo de comentário sobre o motivo do acidente. A Polícia Civil de Socorro também investiga o caso.