Com novo reajuste na tarifa, Rio volta a ter o metrô mais caro do Brasil
Poucos meses depois de ser ultrapassado por Brasília e São Paulo, o Rio de Janeiro voltará a "ostentar" o título de metrô mais caro do Brasil, a partir do próximo dia 2 de abril. O anúncio do reajuste da tarifa, de R$ 3,70 para R$ 4,10, foi publicado do "Diário Oficial" do Estado nesta segunda-feira (29).
O aumento de 10,8% foi autorizado pela Agetransp (Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes do Estado do Rio) na última quinta-feira (25) e estava previsto em contrato com a concessionária MetrôRio, que administra a rede metroviária.
Com o bilhete custando R$ 4, a capital federal atualmente tem a mais alta tarifa do serviço de transporte no país, seguida pela capital paulista (R$ 3,80). As duas sofreram aumentos significativos em setembro do ano passado --o metrô de Brasília custava R$ 3 nos dias de semana e R$ 2 nos fins de semana-- e em janeiro deste ano --o valor antigo era R$ 3,50.
Também existe metrô em funcionamento em outras cinco cidades brasileiras: Salvador, Belo Horizonte, Recife, Fortaleza e Teresina, cuja tarifa (R$ 0,80) é mais de cinco vezes menor que a anunciada para o Rio.
O metrô da capital fluminense, com seus 41 km de extensão, tem pouco mais da metade da malha ferroviária de São Paulo, de 78,3 km. A rede paulistana também tem quase o dobro do número de estações da carioca --68 contra 36-- e transporta, em média, 4,7 milhões de passageiros por dia. No Rio, este número é quase seis vezes menor: 800 mil.
Com 42,38 km de extensão, o metrô do Distrito Federal também tem uma malha ferroviária maior do que a da capital fluminense, que deve ganhar mais 16 quilômetros em julho deste ano, a tempo dos Jogos Olímpicos, segundo o governo do Estado. A Linha 4 do metrô do Rio terá cinco estações e ligará Ipanema, na zona sul, à Barra da Tijuca, na zona oeste.
Possibilidade de atraso
A possibilidade de o governo estadual não cumprir o prazo de inauguração da nova linha do metrô foi levantada no último dia 20 após a divulgação de um e-mail confidencial no qual o prefeito do Rio, Eduardo Paes, alerta ao COI (Comitê Olímpico Internacional) que "o projeto [do metrô linha 4] se encontra em um nível de risco". A mensagem foi revelada pelo jornal "O Globo".
Na publicação, Paes afirma que existe o risco de que todo o plano de transportes seja comprometido com o atraso da obra. O problema seria o atraso na liberação de um novo financiamento do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), por parte do governo federal. O valor do aporte giraria em torno de R$ 1,3 bilhão. O governo negou atraso nas obras.
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