Polícia identifica suspeito de pichar painel de Portinari; restauração custará R$ 8 mil
A Polícia Civil de Minas Gerais informou ter identificado, nesta quarta-feira (23), um suspeito de ter pichado painel de Cândido Portinari, que fica instalado na parte de trás da Igreja de São Francisco de Assis, na Pampulha, em Belo Horizonte.
O vandalismo ocorreu na segunda-feira passada. Uma das paredes laterais da igreja, projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer, também foi alvo da pichação. Segundo a Fundação Municipal de Cultura, os trabalhos de restauração foram orçados em R$ 8 mil.
De acordo com as primeiras informações da polícia, Mário Augusto Faleiro Neto, 25, prestou depoimento na tarde desta quarta-feira a delegados da Divisão Especializada de Proteção ao Meio Ambiente.
Os policiais afirma que ele teria confessado o ato de vandalismo e o atribuiu a um protesto planejado por ele contra o rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG). Ele foi ouvido e liberado.
Contudo, o delegado Murilo Lima, um dos responsáveis pelo caso, disse que outras pichações atribuídas a Neto, feitas na capital mineira, não continham nenhuma “conotação ideológica”.
Lima disse que o acusado será indiciado por dano ao patrimônio público, com agravante de se tratar de uma obra do patrimônio histórico cultural. A pena prevista, em caso de condenação, é de seis meses a um ano de detenção.
A polícia informou ainda ter descoberto o endereço do suspeito por meio de uma denúncia anônima. Os investigadores ainda identificaram uma pichação especifica com as mesmas características das encontradas na igreja e que teria sido feita pelo suspeito e um comparsa em outro local da capital.
Após a localização da residência, os investigadores disseram não ter encontrado Neto em casa, mas familiares receberam a intimação para que ele comparecesse à delegacia. O rapaz se apresentou acompanhado de um advogado.
Restauração
Por seu turno, a Fundação Municipal de Cultura de Belo Horizonte disse que o trabalho de restauração do dano causado ao monumento, que é tombado pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Cultual Nacional) e pelo Iepha (Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais), começara nesta quinta-feira (24). A previsão inicial é que os trabalhos de restauro durem cinco dias.
Conforme a fundação, a recuperação do dano será coordenada por Wagner Matias de Sousa, descrito pelo órgão como “profissional com 25 anos de serviços prestados em prol do patrimônio cultural brasileiro’.
Ainda segundo a fundação de cultura, Sousa tem no seu currículo a recuperação do painel de azulejo do artista Paulo Werneck, situado na própria igreja, também participou da recuperação da Casa Kubitschek, localizada também na região da Pampulha, além de obras do arquiteto Oscar Niemeyer, em Brasília (DF).
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