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Quanto dura em média um casamento antes do divórcio no Brasil?

Foram registrados 328.960 divórcios no Brasil em 2015, segundo o IBGE - Shutterstock
Foram registrados 328.960 divórcios no Brasil em 2015, segundo o IBGE Imagem: Shutterstock

Do UOL, em São Paulo

24/11/2016 10h00

"Na alegria e na tristeza e até que a morte nos separe". São esses os votos de casamento proferidos por noivos que, em um momento de celebração, almejam uma longa vida a dois. A realidade, porém, é que muitos casamentos chegam ao fim de uma forma menos romântica: apenas em 2015, foram registrados 328.960 divórcios no país. A informação consta nas ‘Estatísticas do Registro Civil 2015’ do IBGE, divulgado nesta quinta-feira (24).

Mas estes casamentos que chegam ao fim por meio de divórcios, concedidos em primeira instância ou por escrituras extrajudiciais, duram quanto em média? O IBGE tem a resposta: 15 anos.

Tempo médio que pouco varia pelos Estados brasileiros --no Acre, que tem a menor média do país, são 12 anos, ao passo que no Piauí e no Rio Grande do Sul o tempo sobe para 18 anos.

A duração média dos casamentos que chegam ao fim por conta de divórcios, de uma década e meia, explica, também, a idade média em que homens e mulheres brasileiros encerram, de forma legal, seus matrimônios: 43 anos para eles e 40 para elas.

Em relação a 2014, o número de divórcios registrados no país caiu 3,5% --foram 341.181 no último ano, 12.221 a menos do que o registrado neste ano.

Levando-se em conta a taxa geral de divórcio --obtida pela divisão do número de divórcios pelo número de habitantes, multiplicando-se o resultado por mil--, também foi registrada uma queda: foram 2,41 divórcios para cada mil pessoas de 20 anos ou mais em 2014, para 2,33 em 2015.

Cresce o número de casais com guarda compartilhada

Em casos de divórcios de casais com filhos, a maior proporção no Brasil se deu em famílias com filhos menores de idade (47,7%). A taxa de divorciados sem filhos é de 26,9%; somente com filhos maiores de idade, 17,4%; e com filhos maiores e menores de idade, 8%.

Um dado relevante trazido pelo IBGE diz respeito ao aumento do número de pais divorciados que compartilham a guarda de filhos: se em 2014 eram 7,5% do total no país, um ano depois o número foi para 12,9%.

As mulheres, no entanto, ainda são, em geral, responsáveis pela guarda de filhos: em 78,8% dos casos competem a elas a exclusividade dos cuidados com os filhos --entre os homens o número é de 5,2%.

O Distrito Federal é o local onde a porcentagem de pais divorciados que optam pela guarda compartilhada de filhos é maior: 24,7%. Por outro lado, esta Unidade da Federação tem a menor porcentagem onde apenas a mulher é responsável pela guarda de filhos (64,4%).

Em uma situação oposta, Sergipe tem apenas 1,7% de homens divorciados com a guarda de filhos, contra 91,4% de mulheres --casais com guarda compartilhada são 5,7% do total.